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Em meio a protestos nas ruas, deputados mantêm veto de Milei à reforma da Previdência

Câmara dos Deputados da Argentina mantém veto do presidente Javier Milei à reforma da Previdência, gerando protestos

Argentina: protestos marcam votação na Câmara que mantém o veto de Milei à reforma da Previdência (Tiziana Fabi/AFP)

Argentina: protestos marcam votação na Câmara que mantém o veto de Milei à reforma da Previdência (Tiziana Fabi/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de setembro de 2024 às 17h35.

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A Câmara dos Deputados da Argentina votou em uma sessão especial nesta quarta-feira para manter o veto do presidente Javier Milei à lei de reforma da Previdência, enquanto manifestantes protestavam do lado de fora.

Com 153 votos favoráveis, 87 contrários e 8 abstenções, o resultado representou uma vitória para o presidente ultraliberal, que vetou o aumento adicional para os aposentados, aprovado anteriormente por uma maioria no Congresso. De acordo com a legislação, o tema não poderá ser debatido novamente por pelo menos um ano.

Proposta e impacto econômico

O projeto de lei previa uma fórmula de atualização mensal das pensões, que combinava o índice de inflação e a variação dos salários formais, além de um ajuste extraordinário de 8,1%. O governo de Milei considerou essa medida uma "despesa exorbitante" que colocaria em risco o equilíbrio fiscal.

Embora o partido de Milei, A Liberdade Avança (extrema direita), tenha apenas 37 deputados, ele conseguiu apoio suficiente para manter o veto, após negociações de última hora com partidos de oposição moderados. No total, 248 deputados participaram da votação.

Protestos e crise econômica

Após a confirmação do veto, manifestantes de esquerda, peronistas, organizações sociais e sindicatos pressionaram a segurança ao redor do Palácio Legislativo, resultando em confrontos com a polícia.

A Argentina atravessa uma grave crise econômica, com uma inflação anual de 236,7%, uma das mais altas do mundo. Cerca de 65% dos 6,5 milhões de aposentados argentinos recebem pensões mínimas, que em agosto eram de aproximadamente US$ 235, valor que os coloca em situação de extrema vulnerabilidade.

O governo anunciou que pretende ajustar as pensões por decreto em 4% em setembro, dependendo do resultado da votação.

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