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Em meio a crise com Espanha, Catalunha discute contra-ataque

ÀS SETE - O líder da região afirmou que esse é o pior ataque à Catalunha desde Francisco Franco, militar que comandava a nação durante a guerra civil

No sábado, o primeiro-ministro Mariano Rajoy confirmou que o artigo 155 da Constituição, que prevê a perda de autonomia de uma região (Gonzalo Fuentes/Reuters)

No sábado, o primeiro-ministro Mariano Rajoy confirmou que o artigo 155 da Constituição, que prevê a perda de autonomia de uma região (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2017 às 06h58.

Última atualização em 23 de outubro de 2017 às 07h35.

O labiríntico processo pela independência catalã continua. Os parlamentares da Catalunha passarão esta segunda-feira reunidos, discutindo como proceder frente à intenção do governo espanhol de tomar o controle do governo local.

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No sábado, o primeiro-ministro Mariano Rajoy confirmou que o artigo 155 da Constituição, que prevê a perda de autonomia de uma região que esteja descumprindo as leis, será ativado.

Em Bruxelas, Rajoy afirmou que a decisão é necessária para retomar a ordem constitucional, e que foi feita uma série de avisos antes de confirmar a perda de autonomia.

Ainda não está definido, porém, por quanto tempo a região ficará sob controle espanhol, nem quando serão convocadas eleições na Catalunha — mas elas devem acontecer dentro de seis meses.

O Senado espanhol autorizou o governo a lançar mão do artigo 155, e os deputados devem votar na próxima sexta-feira como será o plano de ação sobre a Catalunha.

Representantes do PSOE, partido socialista com quem o governo compõe maioria, defendem que a TV pública catalã também seja tomada, sob a alegação de que tem sido instrumento para difusão de mensagens nacionalistas.

A reação catalã tem sido intensa. O líder da região, Carles Puigdemont, afirmou que esse é o pior ataque à Catalunha desde Francisco Franco, militar que comandava a nação quando teve início a guerra civil espanhola.

Os políticos catalães devem se comprometer, durante a reunião, a defender a soberania das instituições catalãs, mas Puigdemont também não se comprometeu, até agora, a cumprir o que foi decidido no referendo de 1º de outubro: declarar de uma vez a independência de forma unilateral.

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