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Em meio a cessar-fogo, ataque mata 3 policiais no sul de Gaza

O Exército israelense disse ter realizado um ataque aéreo que atingiu "vários indivíduos armados" no sul da Faixa de Gaza

Agência o Globo
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Publicado em 16 de fevereiro de 2025 às 09h10.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2025 às 09h11.

Um ataque aéreo israelense matou três policiais a leste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, neste domingo, 16. As informações são do Ministério do Interior do governo do Hamas, que cobrou a comunidade internacional para que Israel cumpra o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro.

Os relatos apontam que dois policiais haviam sido mortos e um terceiro ficara gravemente ferido no ataque enquanto estavam posicionados na área de Al-Shouka, a leste de Rafah, para garantir a entrega de ajuda humanitária na região. O terceiro policial sucumbiu aos ferimentos, atualizou o ministério em novo comunicado.

O Exército israelense disse ter realizado um ataque aéreo que atingiu "vários indivíduos armados" no sul da Faixa de Gaza. Segundo as autoridades do país, esses indivíduos estavam indo "em direção às tropas israelenses".

Um correspondente da AFP na área viu uma ambulância chegar ao local do ataque e serviços de emergência transportarem pessoas para o hospital europeu de Khan Younis.

Na quarta-feira, o Exército já havia relatado a realização de um ataque aéreo na Faixa de Gaza, dizendo que desta vez teve como alvo duas pessoas que tentavam recuperar um drone no local.

Não houve nenhuma declaração oficial confirmando se o ataque aéreo de quarta-feira foi o primeiro realizado pelo Exército em Gaza desde que o cessar-fogo entrou em vigor, após 15 meses de guerra.

Cessar-fogo ameaçado?

Desde 19 de janeiro, houve seis trocas de reféns israelenses mantidos em Gaza por prisioneiros palestinos mantidos por Israel. Mas o cessar-fogo quase fracassou na semana passada, com Israel e Hamas acusando reciprocamente de não cumprir o acordo.

O movimento extremista critica Israel por não permitir a entrada na Faixa de Gaza de construções pré-fabricadas ou equipamentos para limpeza dos escombros, conforme prevê, segundo o Hamas, o protocolo humanitário estabelecido entre as duas partes.

"Isso equivale a uma declaração explícita do fracasso do acordo, enquanto a resistência [como se definem Hamas e outros movimentos na Faixa de Gaza] afirmou que respeitará seus compromissos enquanto os ocupantes [do território] fizerem o mesmo", disse Salama Marouf, diretor dos serviços de imprensa do governo do Hamas em Gaza, no domingo.

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