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Em mais uma rodada de sanções, EUA miram Banco Central Russo

EUA e aliados anunciaram medidas contra o Banco Central da Rússia em movimento visto como escalada significativa das sanções do Ocidente contra Moscou

 (Brendan Smialowski/Alexei Nikolsky/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de fevereiro de 2022 às 12h00.

Os Estados Unidos proibiram nesta segunda-feira, 28, que cidadãos do país façam qualquer transação envolvendo o Banco Central russo, o Fundo Nacional de Riqueza e o Ministério das Finanças da Rússia, em mais uma etapa das sanções impostas a Moscou diante da invasão da Ucrânia.

As duas sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e seus aliados ao Banco Central da Rússia e outras fontes importantes de riqueza provavelmente aumentarão a inflação russa, prejudicarão seu poder de compra e reduzirão os investimentos, disseram autoridades norte-americanas nesta segunda, quando as novas medidas foram anunciadas.

Já na semana passada, quando houve a invasão, os Estados Unidos e seus aliados impuseram várias rodadas de sanções contra Moscou, inclusive contra o presidente russo Vladimir Putin e os maiores credores da Rússia.

"Este é um ciclo vicioso que é desencadeado pelas próprias escolhas de Putin e acelerado por sua própria agressão", disse um alto funcionário do governo dos EUA.

As negociações entre autoridades russas e ucranianas começaram na fronteira bielorrussa nesta segunda, enquanto a Rússia enfrentava um isolamento econômico cada vez mais profundo quatro dias depois de invadir a Ucrânia no maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

O Departamento do Tesouro dos EUA, em comunicado na segunda-feira, disse que também impôs sanções a um importante fundo soberano russo, o Fundo Russo de Investimento Direto.

Os Estados Unidos e seus aliados anunciaram que tomariam medidas contra o Banco Central da Rússia no sábado, em um movimento que especialistas viram como uma escalada significativa das sanções do Ocidente contra Moscou.

Um outro alto funcionário dos EUA disse que a medida "imobilizou" quaisquer ativos que o Banco Central da Rússia detinha nos Estados Unidos, em uma medida que prejudicará a capacidade da Rússia de acessar centenas de bilhões de dólares em ativos.

"O cofre de guerra de Putin de 630 bilhões de dólares em reservas só importa se ele puder usá-lo para defender sua moeda, especificamente vendendo essas reservas em troca da compra do rublo", disse o primeiro funcionário. "Depois da ação de hoje, isso não será mais possível."

O Tesouro emitiu uma licença geral juntamente com a ação de segunda-feira autorizando certas transações relacionadas à energia até 24 de junho.

O governo do presidente Joe Biden tem se preocupado que suas sanções possam aumentar os preços já altos do gás e da energia e tomou medidas para mitigar isso.

Autoridades na segunda-feira também alertaram que os Estados Unidos não hesitariam em lançar mais sanções contra a Rússia e que também estavam observando de perto o envolvimento de Belarus, acrescentando que o forte aliado russo pode enfrentar mais consequências se continuar a ajudar Moscou na invasão.

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