Coronavírus no mundo: cresce número de novos casos na China e no Japão (Sergio Perez/Reuters)
Reuters
Publicado em 31 de março de 2020 às 10h23.
Última atualização em 1 de abril de 2020 às 01h07.
O número de mortes diárias pelo coronavírus na Espanha voltou a subir nesta terça-feira, 31, após uma leve queda na véspera. Com 849 vítimas em 24 horas, o país europeu volta a bater o recorde diário de mortandade, segundo os dados reunidos pelo ministério da Saúde nacional desde o início da pandemia. O número de pacientes recuperados também aumentou, de 16.780 a 19.259.
O total de vítimas na Espanha subiu para 8.189 e o número de casos diagnosticados supera 94.400. Só nas últimas 24 horas, 9.222 contágios foram detectados, o que também representa o maior número em 24 horas desde o início da crise.
A Espanha é o segundo país, depois da Itália, com mais mortes provocadas por covid-19, o que levou o governo a determinar o confinamento dos quase 47 milhões de habitantes, desde 14 de março, e a ordenar, no dia 29, a paralisação por duas semanas de todas as atividades econômicas "não essenciais". Dezenas de hotéis espanhóis foram convertidos em quartos hospitalares para pacientes em condições menos graves.
Madri é a região mais afetada pela pandemia, com 44% dos casos, mas a Catalunha registra uma forte alta e já registra mais pacientes internados em UTI que a capital.
A China continental informou na terça-feira um aumento nos novos casos confirmados de coronavírus, revertendo quatro dias de queda, devido a um aumento nas infecções envolvendo viajantes que chegam do exterior.
A China continental teve 48 novos casos na segunda-feira, informou a Comissão Nacional de Saúde em um comunicado, contra 31 novas infecções no dia anterior.
Todos os 48 casos foram importados, elevando o número total de casos importados na China para 771 a partir de segunda-feira.
Não houve relatos de novos casos de infecção local na segunda-feira, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde.
Foi registrada apenas uma morte pelo novo coronavírus na segunda-feira, ante quatro registradas no domingo.
Fontes do governo metropolitano de Tóquio informam que na terça-feira (31) mais 78 casos do coronavírus foram confirmados na capital japonesa.
Isso leva o total de infecções a 521, o mais alto entre todas as províncias do Japão.
O Japão está planejando proibir a entrada de estrangeiros de mais 49 países e territórios conforme a pandemia do coronavírus se expande.
O chanceler japonês, Motegi Toshimitsu, revelou o plano hoje. As regiões adicionais incluem Estados Unidos, Canadá, toda a China e a Coreia do Sul, bem como Reino Unido e Grécia, cobrindo a maior parte da Europa. A lista atualizada vai cobrir um total de 73 países e territórios, em regiões incluindo África, América do Sul e partes do Oriente Médio.
Estrangeiros que tenham estado em qualquer uma dessas regiões 14 dias antes de sua chegada ao Japão terão a entrada recusada.
Motegi também disse que a Chancelaria elevou os alertas de viagem para esses 49 países e territórios ao nível 3, pedindo que japoneses não viagem para esses locais.
Os alertas para todos os países e territórios que não estão no nível 3 foram elevados para o nível 2, pedindo aos japoneses para evitarem quaisquer viagens não essenciais a esse lugares.
O número de mortos pelo coronavírus no Irã subiu para 2.898, sendo 141 mortes nas últimas 24 horas, disse o porta-voz do Ministério da Saúde Kianush Jahanpur na televisão estatal nesta terça-feira, acrescentando que o total de infecções saltou para 44.606.
"Nas últimas 24 horas, houve 3.111 casos novos de pessoas infectadas. Infelizmente, 3.703 das pessoas infectadas estão em estado grave", disse Jahanpur.
Em uma reunião transmitida ao vivo, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, pediu aos cidadãos que evitem locais públicos.
O governo proibiu a circulação dentro das cidades e alertou para uma possível aceleração de casos de coronavírus porque muitos iranianos desafiaram os apelos para que cancelassem planos de viagem para o Ano Novo persa, que começou em 20 de março.
Mas ele não chegou a impor uma interdição nas cidades do país.
O Irã também proibiu aglomerações durante o "Sizdah Bedar", um festival durante o qual os iranianos normalmente fazem piqueniques ao ar livre, no dia 1º de abril