Mundo

Em investigação, PSG diz não ter encontrado provas de discriminação

Na semana passada, o clube havia sido denunciado pela Federação Francesa de Futebol por promover a discriminação no recrutamento de jogadores

Paris Saint Germain: O caso repercutiu bastante na França e a ministra do Esporte chegou a se manifestar  (Jeroen Meuwsen / Soccrates/Getty Images)

Paris Saint Germain: O caso repercutiu bastante na França e a ministra do Esporte chegou a se manifestar (Jeroen Meuwsen / Soccrates/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2018 às 14h22.

A diretoria do Paris Saint-Germain afirmou nesta sexta-feira que não encontrou provas de discriminação em suas equipes de base, em uma investigação interna. Na semana passada, o clube havia sido denunciado pela Federação Francesa de Futebol (FFF) por supostamente promover a discriminação no recrutamento de jovens jogadores para suas categorias de base nos últimos anos.

As informações que levaram à denúncia surgiram no portal francês Mediapart, com base em documentos divulgados pelo "Football Leaks", iniciativa que conta com diversos veículos jornalísticos do mundo. Estes dados mostraram que a equipe parisiense possuía um método de classificação de atletas a serem recrutados com base nas suas etnias.

O portal afirmou que o PSG separava os possíveis atletas a serem recrutados pelos seus observadores em quatro subgrupos: "francês", "norte-africano", "das Antilhas" e "negro africano". E sob essa política, comandada pelo dirigente Marc Westerlopp - chefe do recrutamento de atletas das categorias de base - , apenas um atleta negro foi contratado entre os anos de 2013 e 2018.

O caso repercutiu bastante na França, e a ministra do Esporte, Roxana Maracineanu, chegou a manifestar seu "desalento" diante das acusações. Já a presidente da Liga Francesa, Nathalie Boy de la Tour, afirmou que "estas práticas são inaceitáveis".

Logo após a denúncia, o PSG soltou uma nota admitindo que praticou discriminação racial nas categorias de base. Disse, no entanto, não ter conhecimento de um sistema formado para registrar etnicamente os jogadores, creditando-o apenas a uma ação individual do dirigente em questão. E, em sua investigação interna, disse não ter encontrado evidências de discriminação. 

Segundo o clube, a investigação foi baseada em entrevistas com funcionários do clube responsáveis pelo recrutamento de atletas para a base. E "não há provas de discriminação". O PSG divulgou o resultado de sua apuração interna após reunião com a ministra do Esporte. 

O clube francês, contudo, admitiu que formas ilegais de recrutamento foram usadas entre 2013 e 2017, mas negou responsabilidade por implementar este procedimento discriminatório em sua base. "Nenhum destes procedimentos foram reportados à direção geral do clube", disse a diretoria do PSG.

O caso, porém, seguirá sendo investigado tanto pela Federação Francesa de Futebol quanto pela Liga de Direitos Humanos da França.

Acompanhe tudo sobre:FrançaFutebolJogadores de futebolParis (França)Racismo

Mais de Mundo

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga