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Em greve de fome, russa é transferida para cela solitária

Nadezhda Tolokonnikova foi condenada a dois anos de prisão por causa de um protesto da banda em uma catedral de Moscou, intitulado "oração punk"


	Manifestante apoia a banda Pussy Riot: críticos do Kremlin dizem que a sentença dada a integrantes do grupo é parte da repressão do governo a dissidentes 
 (François Lenoir/Reuters)

Manifestante apoia a banda Pussy Riot: críticos do Kremlin dizem que a sentença dada a integrantes do grupo é parte da repressão do governo a dissidentes  (François Lenoir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 15h08.

Moscou - Uma integrante da banda de rock russa Pussy Riot que está presa foi transferida para uma cela solitária, nesta terça-feira, depois de ter iniciado uma greve de fome para protestar contra o que qualificou como "trabalho escravo" na colônia penal onde cumpre pena.

Nadezhda Tolokonnikova foi condenada a dois anos de prisão por causa de um protesto da banda em uma catedral de Moscou, intitulado "oração punk", contra o presidente russo, Vladimir Putin, em agosto de 2012.

Críticos do Kremlin dizem que a sentença dada a ela e outras integrantes do grupo é parte da repressão do governo a dissidentes desencadeada depois da volta de Putin à Presidência, para um terceiro mandato, em maio de 2012.

O diretor de um comitê de supervisão pública na região remota onde ela está confinada, Gennady Morozov, negou que a transferência tenha sido uma punição. Ele descreveu a cela como "um lugar seguro" onde ela ficaria protegida de ameaças de outros presidiários.

Morozov afirmou que serão investigadas as alegações de Nadezhda de que recebeu ameaças de morte de um alto funcionário da prisão e das condições deploráveis da Colônia Corretiva Nº. 14, na região de Mordovia, a sudeste de Moscou.

Ela poderá sofrer punição disciplinar por difamação, se as acusações forem falsas, disse ele.

Em uma carta divulgada por seu marido, Nadezhda disse que os presos são forçados a trabalhar até 17 horas por dia costurando uniformes policiais e não têm permissão para dormir mais do que quatro horas por noite.

Ela afirmou que as autoridades do presídio se valem dos presos mais antigos para impor a ordem e descreveu um sistema de punição coletiva e quotas de produção típicos dos campos de trabalho forçado dos Gulags da era soviética.

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