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Em diálogo com Trump, Xi Jinping diz que cooperação é única saída

"Os fatos provam que a cooperação é a única opção correta para a China e os Estados Unidos", disse Xi a Trump

Xi Jinping: Trump, por sua vez, confirmou a Xi sua vontade de trabalhar com a China (Jim Bourg/Reuters)

Xi Jinping: Trump, por sua vez, confirmou a Xi sua vontade de trabalhar com a China (Jim Bourg/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 09h32.

Pequim - O presidente da China, Xi Jinping, afirmou nesta segunda-feira em sua primeira conversa com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que "a cooperação é a única opção correta" para os dois países.

Xi parabenizou Trump nesta segunda-feira por sua eleição durante uma conversa telefônica, que aconteceu quase uma semana depois das eleições nos Estados Unidos, segundo a rede de televisão estatal chinesa "CCTV".

"Os fatos provam que a cooperação é a única opção correta para a China e os Estados Unidos", disse Xi a Trump, de acordo com a "CCTV".

Além disso, Xi ressaltou que ambas as partes "devem promover o desenvolvimento econômico dos dois países e o crescimento econômico global, expandir a cooperação e os intercâmbios em todas as áreas, assegurar que a população dos dois países obtenha benefícios tangíveis e pressionar por um melhor desenvolvimento das relações sino-americanas".

Trump, por sua vez, confirmou a Xi sua vontade de trabalhar com a China para fortalecer a cooperação bilateral e afirmou que acredita que as relações entre as duas maiores economias do mundo "podem definitivamente atingir um desenvolvimento superior", segundo a "CCTV".

"A China é um país grande e importante, cujo desenvolvimento surpreendeu o mundo. Os Estados Unidos e a China podem conseguir beneficiar-se mutuamente", acrescentou o próximo presidente americano, citado pela imprensa estatal chinesa.

O escritório de transição presidencial de Trump confirmou o diálogo telefônico em comunicado que relata que o presidente eleito dos EUA e Xi estabeleceram uma "clara sensação de respeito mútuo", e que o sucessor de Barack Obama considerou que ambos os líderes "terão uma das relações mais fortes para os dois países".

Durante a conversa, Xi e Trump estiveram de acordo que é preciso "manter uma comunicação próxima, estabelecer uma relação de trabalho e tornar realidade um encontro em uma data próxima", acrescentou hoje um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista coletiva em Pequim.

Geng ressaltou que a parte chinesa "está em contato" com o escritório de transição de Trump, e que seguirá mantendo esta posição.

A conversa entre Xi e Trump acontece em um momento de incerteza sobre como evoluirão as relações dos dois países mais poderosos do planeta, depois que o presidente eleito dos EUA se mostrou muito crítico com a China durante sua campanha.

Trump acusou a China, entre outras coisas, de roubar empregos americanos, ameaçou aprovar tarifas sobre produtos chineses importados e prometeu declarar esse país como manipulador de sua divisa, o que acarretaria sanções por parte de Washington.

Xi enviou uma mensagem de felicitação a Trump na semana passada, após sua vitória eleitoral, que a "CCTV" disse inicialmente que tinha sido feita através de uma ligação telefônica, mas se retratou depois.

O próprio Trump assegurou para um veículo de imprensa americano no fim de semana que tinha falado com a "maioria" dos líderes estrangeiros, exceto Xi.

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