Agência de notícias
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 13h19.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2025 às 13h48.
Os ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Catar, Egito, Jordânia e Arábia Saudita rejeitaram o deslocamento da população palestina da Faixa de Gaza em uma carta enviada ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse uma fonte diplomática árabe à Agência EFE nesta terça-feira.
Na carta, à qual a EFE teve acesso, as cinco autoridades exigem "envolver os palestinos no processo de reconstrução" e expressam sua "rejeição categórica a qualquer plano para deslocar os palestinos de Gaza, conforme proposto pelo presidente [dos Estados Unidos] Donald Trump no final de janeiro".
O emiradense Abdullah bin Zayed Al Nahyan, o catariano Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, o egípcio Badr Abdelaty, o jordaniano Ayman al Safadi, e o saudita Faisal bin Farhan reiteraram sua oposição ao deslocamento dos palestinos do enclave palestino no documento, que também foi assinado pelo presidente do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein Shaykh Amin.
Eles também alertaram sobre as repercussões de qualquer outro deslocamento populacional em massa para a região.
A carta afirma que "o Oriente Médio já sofre com o maior número de pessoas deslocadas e refugiados do mundo", e ressalta que "qualquer nova operação de deslocamento exacerbará a instabilidade regional e aumentará os riscos de extremismo e agitação".
Uma reunião ministerial entre Egito, Palestina, Arábia Saudita, Catar, Jordânia, Emirados Árabes e Liga Árabe foi realizada no Cairo no sábado passado, na qual rejeitaram o deslocamento dos palestinos de Gaza "sob quaisquer circunstâncias".
Todos disseram que esperam "trabalhar" com o governo de Donald Trump para alcançar "uma paz justa e abrangente no Oriente Médio, de acordo com a solução de dois Estados, e trabalhar para livrar a região de conflitos".
Essa reunião ocorreu pouco depois de Trump ter insistido novamente que está confiante de que Jordânia e Egito aceitarão os deslocados da Faixa de Gaza em seus territórios, apesar da recusa repetida de ambos os países em fazê-lo.