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Em Camarões, longa espera e violência marcam eleições

Os dados de cada colégio eleitoral devem ser transmitidos ao Conselho Constitucional em um prazo de até 15 dias após as eleições

Imagem de arquivo da bandeira de Camarões: eleição presidencial deste domingo foi marcada por uma alta abstenção e por distúrbios nas regiões de língua inglesa do país (Joe Raedle/Getty Images)

Imagem de arquivo da bandeira de Camarões: eleição presidencial deste domingo foi marcada por uma alta abstenção e por distúrbios nas regiões de língua inglesa do país (Joe Raedle/Getty Images)

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AFP

Publicado em 8 de outubro de 2018 às 10h00.

Camarões se preparava nesta segunda-feira para uma longa espera, que pode ser de duas semanas, para conhecer os resultados da eleição presidencial deste domingo, marcada por uma alta abstenção e por distúrbios nas regiões de língua inglesa do país.

O presidente Paul Biya, de 85 anos, no poder desde 1982 e aspirante a um sétimo mandato consecutivo, enfrenta sete outros candidatos e aparece como o favorito das eleições, apesar da guerra que se instalou no final de 2017 no Camarões anglófono, depois de mais um ano de crise sociopolítica que degenerou em um conflito armado.

Os dados de cada colégio eleitoral devem ser transmitidos ao Conselho Constitucional, único habilitado para proclamar os resultados em um prazo de até 15 dias após as eleições.

Diariamente, centenas de separatistas armados combatem com violência o exército.

Mais de 175 membros das forças de defesa e segurança do país morreram, assim como 400 civis. Não há balanços disponíveis do lado separatista.

Nas duas regiões anglófonas houve distúrbios durante as eleições de domingo, em que muito poucos eleitores participaram.

Além disso, na região do Extremo Norte, o exército também combate os extremistas do Boko Haram, que fazem muitos ataques desde 2014 contra a população do país.

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