O chanceler Celso Amorim: "política externa do País se tornou desassombrada e solidária" (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 20h55.
Brasília - Em cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, fez um retrospecto desses oito anos em que comandou o Itamaraty. Para ele, a política externa brasileira passou de “ativa e altiva” para “desassombrada e solidária”.
“Desassombrada porque não tem medo da própria sombra, porque não ficamos nos questionando se tínhamos excedente de poder para fazer tal e tal coisa. E não preciso dizer porque é solidária porque os exemplos são muitos”, disse ao citar os casos do Haiti – país que recebeu ajuda financeira e de suporte, depois de sofrer um terremoto, em 12 de janeiro – e de países africanos, como Moçambique e Angola, onde o comércio bilateral foi incrementado.
O ministro lembrou que houve, também, ampliação dos quadros do Itamaraty, inclusive com o aumento do número de mulheres ocupando postos de destaque. “O fim dos preconceitos, com a eleição, primeiro de um presidente metalúrgico e agora, a eleição de uma mulher, alcançou também o Itamaraty. Ampliamos o quadro, acompanhado por uma profunda democratização do acesso à carreira”, afirmou.
Ao falar sobre a homenageada pela turma, Zilda Arns, Celso Amorim lembrou o trabalho feito pela missionária que perdeu a vida no Haiti, durante um terremoto. Para o ministro, o as ações naquele país deverão continuar no próximo governo. “Se podemos ajudar, não devemos fugir a essa capacidade”, disse. “Não fizemos isso para ter reconhecimento internacional, mas porque é um país próximo do Brasil. E será tarefa da próxima presidenta e será nossa tarefa também ajudar o Haiti, não num exemplo de pobreza, mas num exemplo de superação”, completou.