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Em 50 anos AL dobra emissão agrícola de gás do efeito estufa

América Latina e o Caribe são a segunda região que mais gera emissões agrícolas em nível global, 17% do total, só superado pela Ásia (44%)


	Emissões agrícolas, no plantio e na pecuária, cresceram entre 1961 e 2010 de 388 milhões de toneladas de dióxido de carbono para mais de 900 milhões
 (Divulgação/Exame)

Emissões agrícolas, no plantio e na pecuária, cresceram entre 1961 e 2010 de 388 milhões de toneladas de dióxido de carbono para mais de 900 milhões (Divulgação/Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 17h11.

Santiago do Chile - A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu nesta terça-feira que a América Latina mais que dobrou as emissões agrícolas de gases do efeito estufa nos últimos 50 anos.

A América Latina e o Caribe são a segunda região que mais gera emissões agrícolas em nível global, 17% do total, só superado pela Ásia (44%), e ela continuará aumentando "se não forem realizadas medidas maiores para reduzi-las", explicou em uma nota de imprensa o Escritório Regional da FAO, com sede em Santiago.

As emissões agrícolas, no plantio e na pecuária, cresceram entre 1961 e 2010 de 388 milhões de toneladas de dióxido de carbono para mais de 900 milhões, sendo a pecuária culpada por 88% das emissões.

"É fundamental que os governos fomentem a absorção e retenção dos gases do efeito estufa para avançar rumo a modelos de produção sustentáveis que permitam conseguir a plena segurança alimentar", ressaltou a organização.

As emissões regionais totais, considerando agricultura, silvicultura e outros usos da terra, superaram os 2,8 bilhões de toneladas de CO2 no período 2001-2010.

No mesmo período, as florestas atuaram como sumidouro mais importante dos gases do efeito estufa, absorvendo 440 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Para diminuir este problema, analistas de 15 países da América Latina e do Caribe se reuniram em San José da Costa Rica no último dia 21 em uma oficina de capacitação para que os governos possam criar estoques de emissões e planos de atuação.

Durante a oficina os países analisaram os requisitos técnicos e institucionais necessários para a preparação dos estoques de emissões de gases do efeito estufa e os relatórios bienais de atualização que deverão ser apresentados no final de 2014 na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática.

Argentina, Belize, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Uruguai participaram do encontro.

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