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Em 4 meses, EI perde 70% da superfície que controlava na Síria

O esquadrão que mais avançou nesse tempo foi o dos leais ao governo sírio, que atualmente têm nas suas mãos 48% do território

EI: o grupo agora domina 12,3% do território, o que equivale a 22.800 quilômetros quadrados (Muhammad Hamed/Reuters)

EI: o grupo agora domina 12,3% do território, o que equivale a 22.800 quilômetros quadrados (Muhammad Hamed/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 11h28.

Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) perdeu em quatro meses 70% da superfície que controlava na Síria, onde atualmente é alvo de ofensivas do exército nacional e seus aliados e de milícias curdas apoiadas pelos Estados Unidos, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Desde o último dia 6 de maio, os jihadistas pararam de controlar 72.300 quilômetros quadrados, equivalente a 39,1% do território sírio, para dominar agora 12,3%, o que equivale a 22.800 quilômetros quadrados.

O Observatório mede as perdas dos radicais a partir dessa data porque é quando entrou em vigor na Síria o acordo para a criação de zonas de distensão no país, que reduziu a violência em algumas partes, o que permitiu às forças governamentais concentrar-se na luta contra o EI.

De fato, o esquadrão que mais avançou neste tempo foi o dos leais ao governo sírio, que atualmente têm nas suas mãos 48% do território, 89.000 quilômetros quadrados, frente ao 19,3% (36.000 quilômetros quadrados) que tinha em seu poder em maio.

A ONG salientou que o respaldo da Rússia foi determinante para este progresso governamental.

Outra das partes que ganhou terreno de forma notável são as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada por milícias curdas e apoiadas pela coalizão internacional comandada pelos EUA, que agora controla 43.000 quilômetros quadrados, 23,1% da superfície, frente aos 41.000 quilômetros quadrados, 22,1%, que dominava há quatro meses.

O resto do território sírio está repartido entre facções rebeldes e islâmicas, entre as quais há algumas jihadistas e grupos respaldados pela Turquia e pelos EUA, que no total retêm 16,5% do país (30.600 quilômetros quadrados), após ter retrocedido em relação ao mês de maio, quando tinham 19,2% (35.000 quilômetros quadrados) em seu domínio.

O Observatório destacou ainda que no sul da Síria um grupo vinculado ao EI, denominado Exército de Jaled bin Walid, mantém 250 quilômetros quadrados, 0,1% da Síria, desde maio na bacia do rio Al Yarmuk, adjacente às Colinas de Golã, ocupados por Israel desde 1967.

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