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Em 2018, guerra na Síria registrou o menor número de mortes em sete anos

Neste ano, conflito matou cerca de 20 mil pessoas; 2014 segue como o mais mortífero, com mais de 76 mil vítimas fatais

Síria: o conflito deixou mais de 360 mil mortos desde 2011 e forçou milhões de sírios a se exilarem (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: o conflito deixou mais de 360 mil mortos desde 2011 e forçou milhões de sírios a se exilarem (Bassam Khabieh/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de dezembro de 2018 às 11h38.

O ano de 2018 foi o menos mortífero na Síria desde o início da guerra em março de 2011, anunciou nesta segunda-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que contabilizou quase 20.000 mortes nos últimos doze meses.

"Em 2018, registramos o menor número anual de mortes desde o início da guerra", anunciou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, que relatou 19.666 mortos, sendo 6.349 civis.

Entre os civis mortos, 1.437 são crianças, segundo o OSDH, que possui uma ampla rede de fontes em toda a Síria.

O ano de 2018 foi também o ano em que o presidente Bashar al-Assad reconquistou vários feudos jihadistas rebeldes graças ao apoio militar de seus dois aliados incondicionais, Irã e Rússia.

Hoje, eles controlam cerca de dois terços da Síria, de acordo com a ONG.

O conflito sírio deixou mais de 33 mil pessoas em 2017, recordou o Observatório, enquanto 2014 continua sendo o mais mortífero, com mais de 76 mil mortos.

O conflito começou em março de 2011, quando o regime reprimiu uma série de manifestações pacíficas exigindo reformas democráticas, em meio ao movimento social na região conhecida como a Primavera Árabe.

Os oponentes do presidente Bashar al-Assad pegaram em armas. Mas a guerra foi se tornando uma questão mais complexa ao longo dos anos, quando potências estrangeiras e grupos jihadistas se envolveram em um território profundamente fragmentado.

O conflito deixou mais de 360 mil mortos desde 2011 e forçou milhões de sírios a se exilarem.

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