O presidente do Uruguai, José Mujica: Mujica iniciou sua gestão em março de 2010 com uma popularidade de 67% e chegou a cair até 48% em 2012 (Andres Stapff/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 12h42.
Montevidéu - A pouco mais de cinco meses para as eleições gerais no Uruguai, 52% da população aprova a gestão do presidente José Mujica e 30% a desaprova, de acordo com os dados de uma pesquisa da empresa Cifra divulgada nesta sexta-feira.
Além disso, 18% dos uruguaios não aprova nem desaprova a gestão do líder, constantemente elogiado no cenário internacional.
O respaldo a Mujica chega a 76% entre os que se definem como eleitores da governante coalizão de esquerda Frente Ampla.
No outro extremo estão os simpatizantes do Partido Colorado, segundo da oposição, entre os quais a desaprovação à gestão do presidente chega a 66%.
Entre os que se definem como eleitores do Partido Nacional ou Blanco, o principal da oposição, a desaprovação à gestão de Mujica fica em 54%.
Ao mesmo tempo a popularidade do líder subiu dois pontos percentuais entre abril e maio, até 54%, em comparação com março, quando ficou em 52%.
Mujica iniciou sua gestão em março de 2010 com uma popularidade de 67% e chegou a cair até 48% em 2012.
A pesquisa da Cifra foi realizada entre os dias 21 de abril e 2 de maio consultando mil pessoas e tem uma margem de erro de 3%.
Segundo outra pesquisa da empresa, se as eleições previstas para o dia 26 de outubro fossem no próximo domingo, a Frente Ampla teria 44% dos votos, seguido do Partido Nacional (30%), o Partido Colorado (18%) e o Partido Independente (2%), com 6% de indecisos ou que não se pronunciaram.
Mujica foi líder da guerrilha uruguaia Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, que nos anos 60 e 70 do século passado cometeu assaltos, sequestros, atentados e assassinatos em uma época de conflito social prévio à ditadura (1973-1985), período no qual foi neutralizada pela polícia e as Forças Armadas.
O líder, de 78 anos, esteve preso durante 14 anos, antes e durante a ditadura, sob duras condições, e em 1985 se incorporou à vida política.