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ELN solta três colombianos sequestrados em setembro

A missão humanitária de resgate foi liderada pelo Comitê da Cruz Vermelha Internacional (CICV) na Colômbia


	Membros da guerrilha do ELN: expectativa na Colômbia é que o ELN, a segunda maior guerrilha do país, possam iniciar processo pelo fim do conflito armado
 (AFP)

Membros da guerrilha do ELN: expectativa na Colômbia é que o ELN, a segunda maior guerrilha do país, possam iniciar processo pelo fim do conflito armado (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 18h16.

Bogotá – O Exército da Libertação Nacional (ELN) soltou hoje (4) três colombianos, funcionários de uma empresa petroleira, que estavam sequestrados desde o dia 10 de setembro.

A missão humanitária de resgate foi liderada pelo Comitê da Cruz Vermelha Internacional (CICV) na Colômbia e também teve a participação de representantes da Igreja Católica e da Defensoria do Povo do departamento de Arauca.

Um médico do CICV examinou os liberados e confirmou que eles tinham condições de viajar da zona rural de Fortul, local em que foram liberados, até a cidade de Arauca, capital do departamento.

Yesid Francisco Galindo, Éber Arnulfo Morera e Nelson Carreño Becerra, prestadores de serviço para o Oleoduto Bicentenário da Colômbia, foram sequestrados por guerrilheiros do ELN perto do município de Saravena, em Arauca. Eles foram levados pelo CICV para encontrar parentes.

“O CICV pode concluir essa ação humanitária, graças à confiança que têm como organização humanitária, neutra, imparcial e independente”, disse Anne-Sylvie, chefe do escritório do comitê em Saravena.

No dia 27 de outubro, as Farc entregaram o norte-americano Kevin Scott Sutay, que esteve em poder do ELN por quase cinco meses. A libertação de todos os sequestrados pela guerrilha é uma exigência do governo de Juan Manuel Santos para que um processo de negociação pelo fim do conflito seja iniciado.

Tanto o governo colombiano quanto o ELN já sinalizaram interesse em iniciar um processo de paz. Detalhes sobre uma eventual instalação da mesa negociadora ainda não foram revelados.

A expectativa no país é que o ELN, a segunda maior guerrilha do país, possam iniciar um processo pelo fim do conflito armado semelhante ao que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mantêm com o governo do país desde novembro do ano passado. O ELN está em atividade desde 1965 e estima-se que tenha cerca de 3 mil integrantes.

De acordo com um comunicado do CICV, este ano o comitê participou da libertação de 22 pessoas que estavam em poder de grupos armados na Colômbia. Desde 1994 foram mais de 1,5 mil pessoas libertadas no país em missões de resgate do CICV.

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