ELN: presidente do Equador acusou a guerrilha de praticar "atividades terroristas" (AFP/AFP)
EFE
Publicado em 20 de abril de 2018 às 19h44.
Quito - As delegações do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do governo da Colômbia anunciaram nesta sexta-feira que haverá uma pausa na quinta rodada de negociação de paz até a definição de um novo país mediador, posto deixado pelo Equador.
Os diálogos tinham começado no dia 15 de março, em Quito. Pouco antes de o Equador anunciar que não mais sediaria as negociações, as delegações afirmaram que analisavam de maneira conjunta opções para substituir o país anfitrião.
Em comunicado, o governo da Colômbia e o ELN agradecem o Equador por ter acolhido as negociações. As partes também informaram que têm a intenção de retomar os diálogos o mais rápido possível.
"Continuamos avançando na busca de resultados, entre eles, o projeto de participação da sociedade e de um novo cessar fogo que contribua para a paz da Colômbia e o bem-estar da região", disse.
O documento é assinado pelo negociador-chefe da Colômbia, Gustavo Bell Lemus, e pelo representante do ELN, Pablo Beltrán.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, revelou hoje que recebeu ofertas de Chile, Brasil, Cuba e Noruega para receber as negociações entre as partes. Os três últimos países já são fiadores do processo de paz entre governo e guerrilheiros.
O presidente do Equador, Lenín Moreno, surpreendeu nesta semana ao anunciar que deixaria de ser fiador do processo de paz entre Colômbia e a ELN, acusando a guerrilha de praticar "atividades terroristas".