Parte do reator de Angra 3: mais de 40% da obra foram concluídos até o momento (Divulgação/Eletronuclear)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2012 às 12h25.
Rio de Janeiro – Um mês depois de a Eletronuclear anunciar que a conclusão da usina nuclear de Angra 3 atrasará 7 meses, o presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro da Silva, admitiu, hoje (22), uma demora maior na construção e montagem da unidade.
Os problemas que afetam a obra retardaram a previsão de entrada em funcionamento para julho de 2016. Segundo o presidente da Eletronuclear, o atraso de 7 meses no cronograma inicial, que previa a conclusão de Angra 3 em dezembro de 2015, foi provocado pela necessidade de reforçar as medidas de segurança.
Outra dificuldade são recursos e impugnações apresentados por empresas participantes da licitação para a montagem eletromecânica da usina. Um dos casos é o de uma empresa não habilitada na fase de pré-qualificação, que aguarda julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU).
Othon Luiz explica que a obra tem 4 grandes áreas: a construção civil, o fornecimento de equipamentos nacionais, a montagem eletromecânica e o fornecimento por empresas estrangeiras de equipamento de instrumentação e controle.
“Seria irresponsabilidade descartar outros problemas. Nós acompanhamos tudo, mas a garantia de que os fabricantes vão entregar os equipamentos na data certinha é impossível”, disse o presidente da Eletronuclear.
Mais de 40% da obra foram concluídos até o momento. A previsão inicial era que 60% da construção estivesse pronta, caso não houvesse atraso no cronograma. A usina nuclear de Angra 3 terá capacidade de gerar 1.405 megawatts (MW), o suficiente para atender as cidades Belo Horizonte e Brasília.