Mundo

Eletricidade voltou em quase todo país, diz governo da Venezuela

O representante do governo venezuelano responsabilizou os Estados Unidos pelo apagão que atinge boa parte do país desde quinta-feira

O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez (Ivan Alvarado/Reuters)

O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez (Ivan Alvarado/Reuters)

E

EFE

Publicado em 12 de março de 2019 às 15h39.

Última atualização em 12 de março de 2019 às 15h51.

Caracas —  O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou na tarde desta terça-feira que quase todo o serviço elétrico no país foi restabelecido após o blecaute ocorrido na quinta-feira e que afetou praticamente todo o território nacional.

"A esta hora, quase todo o fornecimento da energia elétrica foi restabelecido em todo o território nacional", disse Rodríguez diante de jornalistas.

O ministro qualificou isto como uma "vitória" diante do que considera um "ataque terrorista" cometido, segundo ele, pelos Estados Unidos no sistema "circulatório" e no "cérebro" do serviço elétrico na Venezuela.

No entanto, pediu atenção porque, disse, a "guerra elétrica" continua.

O governante Nicolás Maduro tinha dito antes que o sistema de eletricidade foi sabotado e atacado pelos EUA de maneira cibernética na principal hidrelétrica do país, o Guri, situada no estado de Bolívar (sul).

A recuperação do serviço elétrico esteve a cargo de Maduro, que vigiou desde uma "sala situacional", segundo disse hoje Rodríguez, junto aos trabalhadores da estatal empresa Corpoelec.

Pela falha elétrica também foi afetado o fornecimento de água no país, mas após o restabelecimento "de quase todo" o serviço elétrico, também foram acesos os sistemas de bombeamento de água.

A Venezuela registrou na quinta-feira um blecaute em massa que paralisou o país, pois além de que se suspendessem as jornadas trabalhistas e as aulas, as comunicações e o transporte também foram afetados.

O blecaute que manteve vários estados sem luz por até quatro dias provocou saques em regiões como Zulia (noroeste) e Mérida, enquanto ONGs como a Organização Médicos pela Saúde reportaram que vários hospitais foram afetados e que por esse motivo pelo menos 21 pessoas morreram.

O país registra há anos falhas elétricas que pioraram à medida que passa o tempo, mas o ocorrido na quinta-feira foi o mais prolongado da história da Venezuela.

A crise se acentuou na Venezuela depois que em 23 de janeiro o líder do Parlamento, Juan Guaidó, se autodeclarou líder interino do país ao invocar artigos da Constituição venezuelana e obteve o apoio de boa parte dos países do continente americano, incluído dos EUA, e de diversas nações europeias.

A oposição venezuelana, que não reconhece o novo mandato de seis anos de Nicolás Maduro que começou em 10 de janeiro, assegura que o país atravessa uma "emergência humanitária complexa" e pediu ajuda à comunidade internacional para atendê-la.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrise políticaNicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala