Nikki Haley: ex-governadora da Carolina do Sul ganhou em apenas um estado na Super Terça
Redatora
Publicado em 6 de março de 2024 às 08h34.
Última atualização em 6 de março de 2024 às 08h59.
A republicana Nikki Haley deve desistir da corrida presidencial dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 6, depois de arrematar apenas uma vitória na chamada Super Terça, quando 16 estados norte-americanos votam nas primárias, segundo fontes ouvidas pelo Wall Street Journal.
A ex-governadora da Carolina do Sul e embaixadora nas Nações Unidas deverá formalizar a decisão em uma aparição em Charleston, por volta das 10h, no horário local (12h em Brasília). Haley não anunciará um endosso nesta quarta-feira, disseram as fontes ao WSJ.
Segundo o jornal, ela deverá enfatizar que continuará a defender as políticas domésticas e externas conservadoras que apoia e alertar contra alguns dos perigos, como o isolacionismo e a falta de disciplina fiscal, que ela vê vindos de Washington.
Haley foi a primeira candidata importante a desafiar o ex-presidente Donald Trump pela nomeação e é a última a seguir na corrida.
Aos 52 anos, Haley é representante do republicanismo mais tradicional que favorece uma política externa beligerante, disciplina fiscal e estado limitado. Sua campanha a tornou mais conhecida e a coloca como opção para o Partido Republicano nas eleições dos próximos anos, mas suas duras críticas a Trump provavelmente tornarão isso desafiador enquanto ele ainda mantiver o controle sobre o partido.
Em um comunicado divulgado na terça-feira, a campanha de Haley destacou suas vitórias enquanto zombava da caracterização de Trump de que o partido está unido. "Hoje, em todos os estado, ainda existe um grande bloco de eleitores primários republicanos que expressam preocupações profundas sobre Donald Trump", disse a sua porta-voz Olivia Perez-Cubas. "Essa não é a unidade de que nosso partido precisa para ter sucesso."
Haley se comprometeu anteriormente na campanha a endossar o eventual indicado do partido, mas desde então se recusou a reafirmar esse compromisso quando questionada sobre Trump. "O que posso dizer é que tenho sérias preocupações sobre Donald Trump. Tenho preocupações mais sérias sobre Joe Biden", disse ela em uma entrevista ao The Wall Street Journal no final de fevereiro.