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Eleições em redutos trabalhistas vira teste na oposição britânica

Eleições devem mostrar como o referendo de separação da UE do ano passado redesenhou o mapa político britânico

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista: partido foi a maior vítima do apetite por mudança na política (Peter Nicholls/Reuters)

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista: partido foi a maior vítima do apetite por mudança na política (Peter Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 10h42.

Londres - Os britânicos começaram a votar nesta quinta-feira em eleições parlamentares realizadas em duas áreas vistas há tempos como bastiões do opositor Partido Trabalhista e que podem colocar em questão se o líder de esquerda Jeremy Corbyn ainda conta com o apoio de sua base na classe trabalhadora.

Apostadores estão prevendo disputas acirradas na antiga cidade industrial de Stoke-on-Trent, no centro da Inglaterra, onde os trabalhistas podem ser derrotados pelo Partido da Independência do Reino Unido, favorável à desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit, e em Copeland, região do noroeste onde os conservadores da primeira-ministra, Theresa May, podem obter uma vitória histórica.

As eleições devem mostrar como o referendo de separação da UE do ano passado redesenhou o mapa político britânico, lançando trabalhadores braçais desiludidos de regiões mais pobres do país contra um establishment metropolitano amplamente pró-UE.

Até agora o Partido Trabalhista foi a maior vítima do apetite por mudança na política, ficando no meio termo entre a voz tradicional da classe trabalhadora e o partido preferido de muitos eleitores cosmopolitas liberais após o Brexit.

Os resultados das eleições desta quinta-feira, esperados para a sexta-feira, irão revelar a dimensão do estrago.

Embora a posição de Corbyn não deva voltar a ser questionada, uma derrota em qualquer dos locais poderia incitar novos tumultos no segundo maior partido britânico, erodindo ainda mais a autoridade de seu líder e enfraquecendo a luta dos trabalhistas no Parlamento para amenizar os planos de May para um "Brexit duro" - um rompimento total com a UE.

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