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Eleições em Israel tem participação popular recorde

Os índices de participação seguem crescendo progressivamente em relação às eleições anteriores conforme a votação vai transcorrendo


	Israelense deposita seu voto: observadores concordam que uma maior participação eleitoral pode aumentar as expectativas de voto dos partidos de centro-esquerda.
 (Baz Ratner/Reuters)

Israelense deposita seu voto: observadores concordam que uma maior participação eleitoral pode aumentar as expectativas de voto dos partidos de centro-esquerda. (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 14h55.

Jerusalém - A participação popular nas eleições israelenses desta terça-feira, até às 18h local (14h de Brasília), quatro horas antes do encerramento do processo, era de 55,5%, mais de cinco pontos acima da votação de 2009, e a maior desde 1999, informou a Comissão Eleitoral Central.

Os índices de participação seguem crescendo progressivamente em relação às eleições anteriores conforme a votação vai transcorrendo. Vários candidatos continuam percorrendo o país pedindo voto para seus partidos.

Em uma visita a um colégio eleitoral da cidade de Ashdod, no centro do país, o primeiro-ministro israelense e candidato à reeleição, Benjamin Netanyahu, disse que relatórios procedentes das zonas tradicionais de seu partido, o direitista Likud, indicam que "a participação ali é menor do que a média nacional".

"Por isso chamo os seguidores do Likud a deixar tudo e ir votar", disse o primeiro-ministro, cuja formação concorre nestas eleições com o Yisrael Beiteinu, o partido ultranacionalista do ex-ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman.

O ministro da Educação e membro do Likud, Gideon Sar, reconheceu que sua formação está "preocupada pelos altos índices de participação registrados em zonas nas quais a esquerda é forte", e anunciou que a legenda está trabalhando para encorajar as pessoas a votarem nas áreas mais vinculadas ao seu partido".


Os observadores concordam que uma maior participação eleitoral pode aumentar as expectativas de voto dos partidos de centro-esquerda.

A ex-chefe da oposição e líder do recém criado partido centrista Hatnua, Tzipi Livni, mostrou-se hoje especialmente otimista pelos elevados índices de comparecimento.

"De repente as pessoas estão saindo de suas casas. Talvez vá ocorrer uma revolução aqui", afirmou Tzipi Livni, para quem as últimas pesquisas davam apenas oito cadeiras no Parlamento.

A líder do Partido Trabalhista, Shely Yajimovich, apontado pelas enquetes como nova chefe da oposição, disse que se a participação for alta, "ainda é possível derrotar Netanyahu".

A lista conjunta do Likud Beiteinu parte como grande favorita nestas eleições, segundo as pesquisas, que apontam também para uma espetacular alta do partido ultranacionalista religioso Habayit Hayehudi, liderado por Naftali Bennett.

No entanto, a distância entre as formações de direita do bloco de centro-esquerda e partidos árabes se reduziu nos últimos dias de campanha.

Pesquisas publicadas na sexta-feira situaram a diferença entre ambos os blocos em apenas seis ou oito deputados, dos 120 que integram a Knesset (Parlamento).

Depois do fechamento dos colégios eleitorais, às 22h local (18h de Brasília), as pesquisas de boca-de-urna serão divulgadas. Por volta das 0h local (20h de Brasília) a apuração já deverá estar bastante adiantada. 

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