Mundo

Eleições da Tailândia serão antecipadas para fevereiro

As eleições gerais da Tailândia acontecerão no próximo 2 de fevereiro


	Manifestante na Tailândia: Executivo recorreu à realização de eleições antecipadas para tentar acabar com as manifestações
 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Manifestante na Tailândia: Executivo recorreu à realização de eleições antecipadas para tentar acabar com as manifestações (Athit Perawongmetha/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 12h02.

Bangcoc - As eleições gerais da Tailândia acontecerão no próximo 2 de fevereiro, informou nesta segunda-feira a "Gazeta Real" que também publica que o rei Bhumibol Adulyadej aprovou a dissolução do Parlamento proposta pela primeira-ministra, Yingluck Shinawatra.

O Executivo recorreu à realização de eleições antecipadas para tentar acabar com as manifestações massivas que há semanas exigem um novo governo.

Dezenas de milhares de pessoas, entre 150 mil e 200 mil segundo números das forças de segurança, saíram hoje às ruas de Bangcoc para tomar a Casa do Governo.

O líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, havia declarado hoje como o dia da batalha final, após duas semanas nas quais os manifestantes ocuparam ministérios e outros escritórios governamentais.

"Com esse cenário, quando há muitas pessoas de diferentes grupos que se opõem ao governo, o melhor caminho é devolver o poder aos tailandeses e realizar eleições", disse hoje a primeira-ministra ao anunciar a dissolução do Parlamento.

O anúncio de Yingluck foi recebido com alegria pelos manifestantes que de nove pontos diferentes de Bangcoc marcharam até a Casa do Governo. Lá, Thaugsuban declarou oficialmente o que considera uma vitória.

O chefe da oposição, Abhisit Vejjajiva, do Partido Democrata, ao qual pertenceu Thaugsuban até o mês passado, destacou o passo dado pelo Executivo enquanto liderava uma das manifestações.

"É o primeiro passo de nosso objetivo que é devolver o poder ao povo", destacou Abhisit, que governou desde o fim de 2008 até 2011, quando perdeu nas urnas para Yingluck.

A Tailândia arrasta uma grave crise política fruto da luta pelo poder entre os partidários e opositores do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra desde o golpe militar que o depôs em 2006.

A "cruzada" lançada por Thaugsuban, que deixou cinco mortos e dezenas de feridos, é para erradicar para sempre o que chama de o "regime de Thaksin".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEleiçõesProtestosProtestos no mundoTailândia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia