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Eleição nos EUA: país reforça segurança de trabalhadores e das urnas

Autoridades implementaram medidas excepcionais em todos os níveis para reforçar a segurança física dos trabalhadores eleitorai

Atiradores do Serviço Secreto, responsáveis por proteger figuras políticas importantes dos EUA, monitoram a área enquanto a vice-presidente Kamala Harris embarca no Força Aérea Dois em Detroit, Michigan, em 4 de novembro de 2024. (Marion THIBAUT /AFP)

Atiradores do Serviço Secreto, responsáveis por proteger figuras políticas importantes dos EUA, monitoram a área enquanto a vice-presidente Kamala Harris embarca no Força Aérea Dois em Detroit, Michigan, em 4 de novembro de 2024. (Marion THIBAUT /AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 20h51.

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A Guarda Nacional, botões para chamadas de emergência, comércios fechados e protegidos: os Estados Unidos estão em alerta máximo para as eleições presidenciais de terça-feira, 5, que prometem ser uma das mais seguras da história do país.

Com a ansiedade à flor da pele na véspera de uma eleição ainda considerada completamente indefinida, as autoridades implementaram medidas excepcionais em todos os níveis para reforçar a segurança física dos trabalhadores eleitorais, bem como das próprias cédulas.

Em Nevada (sudoeste), Washington (noroeste) e Oregon (noroeste), um contingente da Guarda Nacional estará em alerta para garantir um "dia de eleição seguro e sem incidentes".

"Quero garantir que estamos totalmente preparados para responder a qualquer distúrbio civil", explicou Jay Inslee, governador democrata do estado de Washington.

Nesse estado, onde Kamala Harris deve vencer Donald Trump com facilidade, segundo as pesquisas, caixas de correio para voto por correspondência foram incendiadas na semana passada.

Também ocorreram incidentes no Oregon e no Arizona, onde foram abertas investigações.

Alguns dos cerca de 100 mil centros de votação do país estarão equipados com botões de emergência, confirmou à AFP a Runbeck Election Services, uma empresa especializada em tecnologias de segurança eleitoral.

'Vigilância 24 horas'

À medida que a campanha tensa e angustiante chega ao fim, o nível de alerta é ainda maior nos estados decisivos para a vitória final.

No Arizona, estado indeciso do sudoeste, a sede eleitoral do condado mais populoso transformou-se em uma fortaleza: o prédio foi equipado com detectores de metais, drones patrulharão os céus e haverá atiradores de elite nos telhados. Esses esforços visam tranquilizar os eleitores sobre a segurança do processo eleitoral.
"Seguimos as recomendações das forças de segurança e dos especialistas" para reforçar a segurança e permitir que "as eleições ocorram sem problemas", declarou à AFP Taylor Kinnerup, do condado de Maricopa.

"Nossos sistemas são seguros e nossa equipe está preparada", assegurou também Brad Raffensperger, chefe das operações eleitorais do estado da Geórgia, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.

Na Pensilvânia, embora "seja impossível se preparar para todos os cenários possíveis", as autoridades afirmam que a segurança foi reforçada "em todos os níveis" e estabeleceram "vigilância 24 horas", segundo um porta-voz do estado.

Temores de distúrbios

E como Donald Trump repete constantemente que a única maneira de perder seria se o outro lado manipulasse os resultados, a segurança será reforçada muito além do dia das votações.
O republicano de 78 anos continua se recusando a dizer se apoiará uma transição pacífica e segue afirmando, falsamente, que as eleições presidenciais de 2020 lhe foram roubadas.

Com esse pano de fundo, e enquanto muitos funcionários públicos foram assediados e ameaçados nos últimos quatro anos, vários estados aprovaram leis para proteger diretamente os trabalhadores eleitorais contra ameaças, intimidação e assédio.

Na capital federal, onde o fantasma do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 ainda paira sobre a cidade, alguns comércios nos arredores da Casa Branca estão tomando precauções e fecharam suas portas com tábuas.

"De muitas maneiras, nossos preparativos para 2024 começaram em 7 de janeiro de 2021", disse Christopher Rodríguez, um funcionário da cidade.

Em 2021, centenas de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, templo da democracia americana, na tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

No entanto, nenhuma "ameaça crível" foi identificada contra Washington na véspera das eleições, informou a chefe de polícia da cidade, Pamela Smith.

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