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Eleição de Trump é centro de debate no Fórum Econômico Mundial

O mundo está preocupado com o futuro após a eleição de Trump e tenta prever perspectivas no Fórum Econômico Mundial

Donald Trump: Ele é o presidente com menos experiência que os EUA já tiveram, apontam especialistas (Win McNamee/Getty Images)

Donald Trump: Ele é o presidente com menos experiência que os EUA já tiveram, apontam especialistas (Win McNamee/Getty Images)

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EFE

Publicado em 13 de novembro de 2016 às 15h13.

Última atualização em 13 de novembro de 2016 às 15h14.

Dubai - A preocupação internacional com o futuro após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos é um dos principais temas que serão discutidos durante o primeiro encontro anual do Conselho do Futuro Global do Fórum Econômico Mundial (FEM), inaugurado neste domingo (13) em Dubai.

No painel Após as eleições, a advogada e executiva americana Suzanne Nora Johnson, ex-vice-presidente da Goldman Sachs, apontou que de agora em diante as relações dos EUA com o Oriente Médio estarão submetidas a um "retorno do investimento".

"A mente funciona assim; quando se trata de um compromisso com o Oriente Médio, Rússia ou China, Trump pensará no que está pondo sobre a mesa como soberano e daí o que vai obter em troca levando em conta o risco", especificou durante o painel.

Além disso, a advogada disse que se forem notados os últimos eventos, como é o caso do "Brexit", das eleições dos EUA e do que está ocorrendo em muitos países da Europa, "é evidente que existe uma rejeição pela elite".

"Por elite me refiro às pessoas, ao poder, à influência e a umas instituições que falharam durante a crise financeira mundial e que agora não inspiram confiança e devem trabalhar em prol das sociedades que enfrentam uma grande mudança tecnológica que vai lhes afetar", afirmou.

Por sua vez, o presidente-executivo da International Capital Strategies -consultoria de política e mercados com sede em Washington-, Douglas Rediker, afirmou que "Donald Trump é o presidente com menos experiência na história dos Estados Unidos".

Nesta linha, ressaltou que "Washington (A Casa Branca) representa uma das maiores e mais complicadas instituições, e trabalhar ali requer um conhecimento mínimo de como funciona a estrutura e as ferramentas que são necessárias para funcionar melhor".

"Vamos ver uma frustração, em parte, daqueles que votaram em Trump e pensam que atuará como fez em seu espetáculo transmitido pela televisão", acrescentou.

Já o responsável da Rede de Conhecimento e Análise para o FEM, Stephan Mergenthaler, fixou em entrevista coletiva os objetivos do conselho.

Segundo Mergenthaler, as metas do encontro são, por um lado, explorar "o progresso tecnológico e científico" e, por outro, "buscar soluções para as grandes mudanças políticas e econômicas".

A reunião anual do Conselho do Futuro Global do FEM, realizado entre 13 e 14 de novembro sob o lema "A quarta revolução industrial", conta com a participação de mais de 800 líderes e especialistas nos campos da economia, política e tecnologia, entre outros.

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