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Eleição afegã sofre grande queda em número de votantes

Comparecimento às urnas foi de cerca de 20% dos eleitores registrados

Imagem de arquivo mostra funcionários eleitorais contando votos em Cabul, no Afeganistão. (Mohammad Ismail/Reuters/Reuters)

Imagem de arquivo mostra funcionários eleitorais contando votos em Cabul, no Afeganistão. (Mohammad Ismail/Reuters/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 29 de setembro de 2019 às 15h10.

Última atualização em 29 de setembro de 2019 às 15h10.

O comparecimento às eleições presidenciais no Afeganistão é estimado extraoficialmente em pouco mais de 2 milhões de pessoas, ou cerca de 20% dos eleitores registrados, disse uma autoridade neste domingo, em meio à preocupação de que a baixa participação possa prejudicar a votação.

Cerca de 7 milhões votaram na última eleição presidencial em 2014.

A segurança rigorosa garantiu a eleição no sábado com relativa calma, mas a baixa participação e reclamações sobre o sistema de votação aumentaram as preocupações de que um resultado pouco claro possa levar o país devastado pela guerra ao caos.

"A participação parece ter sido reduzida não apenas pelas ameaças do Taliban, mas também pelo desinteresse dos eleitores", escreveram Thomas Ruttig e Jelena Bjelica, da Rede de Analistas do Afeganistão.

Os combatentes do Taliban atacaram várias assembleias de voto em todo o país para tentar atrapalhar o processo, mas a segurança intensa impediu uma violência em larga escala.

Houve mais de 400 ataques, a maioria de pequena amplitude, realizados pelos militantes, segundo a Rede de Analistas do Afeganistão.

Eles escreveram que também havia deficiências técnicas, incluindo dispositivos biométricos que não funcionavam, falta de nomes de eleitores e material eleitoral enviado à província errada.

Muitos afegãos, no entanto, enfrentaram a ameaça de ataques militantes ao voto em uma eleição vista como um grande teste da capacidade do governo apoiado pelo Ocidente em proteger a democracia contra as tentativas do Taliban de miná-la.

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