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Elefantes aterrorizam povoados do sul da África

Os moradores do povoado de Mucumbura se queixam de que vivem em estado de sítio devido aos elefantes, que danificam suas plantações

As crianças da zona vivem aterrorizadas porque no caminho para a escola temem cruzar com os animais, que recentemente pisotearam um professor (Getty Images)

As crianças da zona vivem aterrorizadas porque no caminho para a escola temem cruzar com os animais, que recentemente pisotearam um professor (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2012 às 10h03.

Maputo - Manadas de elefantes furiosos estão aterrorizando vários povoados de Moçambique perto da fronteira com o Zimbábue (sul da África), atacando a população, devastando as colheitas e semeando o pânico entre os estudantes, denunciou nesta quarta-feira o jornal estatal Noticias.

"Estamos recorrendo a métodos tradicionais para tentar afugentar os animais, mas em vão, porque quando o fazemos estes monstros desaparecem por poucos dias e quando voltam não nos deixam em paz", disse ao jornal um fazendeiro dos arredores, Joseph Maithe. "Parece que voltaram em busca de revanche", acrescentou.

Os moradores do povoado de Mucumbura se queixam de que vivem em estado de sítio devido aos elefantes, que danificam suas plantações, indica o jornal.

Revelam que as crianças da zona vivem aterrorizadas porque no caminho para a escola temem cruzar com os animais, que recentemente pisotearam um professor, deixando-o ferido.

Segundo as autoridades, entre as soluções possíveis ao conflito entre humanos e elefantes figura a criação de uma reserva na região, afastando os agricultores das rotas migratórias dos elefantes e instalando água potável para que as pessoas não tenham que compartilhar seus pontos de abastecimento de água com os animais.

"O governo não pode matar os animais porque criaria um desequilíbrio no ecossistema", explicou o governador provincial Alberto Vaquina.

Boa parte da fauna de Moçambique ficou dizimada durante a brutal guerra civil que terminou há duas décadas após 16 anos de conflito. Em anos recentes, o governo tentou recompor as espécies afetadas com a esperança de impulsionar o turismo que havia se afastado de suas famosas praias.

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