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EI transfere mais de 150 presos após avanço de rebeldes em Raqqa

Grande parte dos prisioneiros são curdos capturados pelos jihadistas nos últimos meses nos povoados próximos

Militantes do EI em Raqqa: transferência ocorreu enquanto os jihadistas se preparam para uma possível perda de Al Tabqa (Reuters)

Militantes do EI em Raqqa: transferência ocorreu enquanto os jihadistas se preparam para uma possível perda de Al Tabqa (Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 11h11.

Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) transferiu mais de 150 detentos da prisão de Al Tabqa, na província de Al Raqqa, no nordeste da Síria, devido ao avanço das Forças da Síria Democrática, uma aliança armada curdo-árabe, na região.

O Obsevatório Sírio de Direitos Humanos informou nesta sexta-feira que a grande parte dos prisioneiros são curdos capturados pelos jihadistas nos últimos meses nos povoados próximos.

A ONG destacou que a maioria dos presos foi levada à região de Maaden, ao norte de Al Raqqa, a centros de detenção do EI na capital da província e ao campo de treinamento de Al Talea.

A transferência ocorreu enquanto os jihadistas se preparam para uma possível perda de Al Tabqa, onde as Forças da Síria Democrática, aliança rebelde que recebe o apoio dos Estados Unidos, tomaram a cidadela antiga de Yabar, ao noroeste desta mesma cidade.

Os confrontos se concentram nos arredores das regiões de Yabar Oriental e Al Suidia, na margem do rio Eufrates e próxima a uma represa.

Al Tabqa, que fica a 55 quilômetros ao oeste da cidade de Al Raqqa, é local de residência de alguns líderes do EI. Além disso, a região abriga a maior prisão do grupo na Síria.

Os clérigos da organização extremista começaram a emitir mensagens para justificar aos civis e combatentes uma hipotética derrota em Al Tabqa, com o argumento de que Deus os compensará com uma vitória maior em outro momento.

No início de novembro, as Forças da Síria Democrática iniciaram a operação "Ira do Eufrates", que tem como objetivo expulsar o EI de Al Raqqa.

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