Mundo

EI reivindica ataque contra academia militar afegã de Cabul

De acordo com um balanço preliminar, o ataque deixou cinco mortos e 10 feridos entre os soldado

Exército do Afeganistão: forças especiais afegãs foram enviadas ao local e ao bairro próximo à academia de polícia (Omar Sobhani/Reuters)

Exército do Afeganistão: forças especiais afegãs foram enviadas ao local e ao bairro próximo à academia de polícia (Omar Sobhani/Reuters)

A

AFP

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 07h20.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou nesta segunda-feira o ataque contra a academia militar de Cabul, uma ação que deixou pelo menos cinco soldados mortos, em um momento de grande tensão com o aumento dos atentados na capital afegã.

De acordo com um balanço preliminar, o ataque deixou cinco mortos e 10 feridos entre os soldados, informou o porta-voz do ministério da Defesa, o general Dawlat Waziri.

"Dois homens-bomba detonaram os explosivos, outro foi detido e três foram mortos", afirmou o general.

As forças especiais afegãs foram enviadas ao local e ao bairro próximo à academia, um grande complexo de mais de 40 hectares na zona oeste de Cabul.

"Os criminosos queriam entrar no batalhão", disse o general Waziri, ao explicar que o ataque se concentrou no batalhão que fica do lado de fora da academia.

O ataque começou às 5H00 (22H30 de Brasília, domingo) com o lançamento de foguetes, granadas e tiros de armas automáticas.

"Aconteceu uma grande explosão na entrada, o batalhão respondeu. Não acredito que conseguiram entrar", afirmou à AFP pouco depois do início do ataque um oficial que estava no local.

O porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid conformou o uso de foguetes e os tiros, mas disse que a situação estava "calma".

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque.

"Combatentes do grupo Estado Islâmico atacaram a academia militar na cidade de Cabul em uma operação suicida", informou a agência de propaganda do EI, Amaq.

O ataque contra os militares aconteceu dois dias depois de um atentado que deixou 103 mortos e 235 feridos na capital.

O ataque executado com uma ambulância-bomba provocou grande comoção e levou o governo a decretar um dia de luto nacional no domingo e um recesso nesta segunda-feira, para que cidade consiga tratar os feridos.

Cabul foi alvo recentemente de vários ataques executados tanto pelos talibãs como pelo EI. A cidade se tornou um dos locais mais perigosos do país para os civis.

No dia 20 de janeiro, talibãs atacaram o hotel Intercontinental de Cabul e mataram pelo menos 25 pessoas, a maioria estrangeiros.

Mas ainda persistem dúvidas sobre o número de vítimas e divergências entre o balanço do governo e as informações da imprensa afegã que citam um número maior de mortos.

A cidade está em alerta máximo e teme novos ataques.

Os estrangeiros foram advertidos sobre possíveis atentados do EI contra supermercados, hotéis e lojas.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoAtaques terroristasEstado IslâmicoMortes

Mais de Mundo

Líderes mundiais reagem à posse de Trump

Argentina alcança superávit comercial recorde em 2024

Donald Trump nomeia republicano Mark Uyeda como presidente interino da SEC

Funcionários federais dos EUA entram com processo contra Trump por novo Departamento de Eficiência