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EI prende lojistas por aumentarem preços na quase sitiada Mosul

Cerca de 30 lojistas da área foram presos e levados vendados para destino ignorado, disse uma testemunha

Estado Islâmico: a prisão dos lojistas pretende servir de alerta para que os varejistas evitem aumentos de preços que causariam tumulto na cidade (Reuters/Reuters)

Estado Islâmico: a prisão dos lojistas pretende servir de alerta para que os varejistas evitem aumentos de preços que causariam tumulto na cidade (Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 16h21.

Mosul - O Estado Islâmico prendeu dezenas de proprietários de lojas acusados de aumentar os preços na cidade quase sitiada, para conter o descontentamento no momento em que uma ofensiva apoiada pelos Estados Unidos se aproxima do último grande bastião do grupo no Iraque, disseram moradores nesta segunda-feira.

As prisões ocorreram na manhã de domingo em Bursa, bairro comercial do oeste da cidade, segundo uma testemunha que pediu para não ser identificada, já que o Estado Islâmico pune com a morte qualquer pessoa flagrada se comunicando com o mundo exterior.

Cerca de 30 lojistas da área foram presos e levados vendados para destino ignorado, disse a testemunha.

O grupo sunita ultrarradical está reprimindo implacavelmente as pessoas que poderiam ajudar a maior ofensiva terrestre no país desde a invasão, liderada pelos EUA, que derrubou Saddam Hussein em 2003.

A maioria das pessoas executadas anteriormente em Mosul era de ex-policiais e militares, suspeitos de deslealdade ou de tramar rebeliões contra o governo dos militantes.

A prisão dos lojistas pretende servir de alerta para que os varejistas evitem aumentos de preços que causariam tumulto na cidade.

Cerca de 100 mil tropas do governo iraquiano, forças de segurança curdas e milicianos majoritariamente xiitas estão participando do ataque a Mosul, com apoio terrestre e aéreo de uma coalizão militar internacional encabeçada por Washington.

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