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EI precisa se expandir para sobreviver, diz relatório

Acabar com fontes de financiamento como campos de petróleo pode ser maneira de derrotar organização radical, disse a FATF


	O refém jordaniano Maaz al-Kassasbeh em vídeo do Estado Islâmico: grupo gerou muito dinheiro ao se apropriar de campos de petróleo e atividades criminais, disse FATF
 (Social media via Reuters)

O refém jordaniano Maaz al-Kassasbeh em vídeo do Estado Islâmico: grupo gerou muito dinheiro ao se apropriar de campos de petróleo e atividades criminais, disse FATF (Social media via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 09h30.

Washington - Investigadores internacionais disseram nesta sexta-feira que, para o Estado Islâmico continuar financeiramente viável, o grupo precisa expandir os territórios que controla no Iraque e Síria e conquistar mais fontes de recursos.

A Força-tarefa para Ação Financeira (FATF), com sede em Paris, disse em relatório que o grupo islâmico precisa de grande quantidade de dinheiro para governar áreas que conquistou, já que é incerto por quanto tempo conseguirá financiar seu nível atual de atividades.

"Para manter sua manutenção financeira e despesas em áreas que opera, (o Estado Islâmico) precisa ser capaz de conquistar territórios adicionais para explorar recursos", disse o relatório.

A força-tarefa, formada por oficiais do governo de diversos países que combatem a lavagem de dinheiro, apontou que o grupo gerou muito dinheiro ao se apropriar de campos de petróleo e atividades criminais, como roubos e extorsões.

"Acabar com esses grandes fluxos de receita é um desafio e uma oportunidade para a comunidade global derrotar esta organização terrorista", disse o relatório da FATF.

Diminuir os recursos financeiros do grupo é um dos aspectos de uma campanha liderada pelos Estados Unidos para destruir o Estado Islâmico, variando de ataques militares à contra-propagandas.

O relatório informou que ataques aéreos dos Estados Unidos e seus aliados contra as instalações petrolíferas do Estado Islâmico, assim como a queda do preço do petróleo e a necessidade própria do grupo por produtos derivados de petróleo, "diminuíram significativamente" sua receita.

A FATF informou que existia uma "vontade de identificar melhor a origem, intermediários, compradores, transportadores, comerciantes e rotas por quais o petróleo produzido em território do Estado Islâmico é traficado".

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