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EI ordena desligamento de internet durante orações

Militantes do grupo ordenaram a donos de lojas que desliguem conexão de internet sem fio durante os períodos de oração em cidade síria


	Militantes do Estado Islâmico: muçulmanos rezam cinco vezes por dia
 (AFP)

Militantes do Estado Islâmico: muçulmanos rezam cinco vezes por dia (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 19h10.

Beirute - Militantes do Estado Islâmico ordenaram a donos de lojas que desliguem sua conexão de internet sem fio durante os períodos de oração na cidade de Deir al-Zor, no leste da Síria, informou nesta quinta-feira um grupo que monitora o conflito sírio.

Trata-se de mais um exemplo de como o Estado Islâmico impõe controles sobre a vida pública enquanto tenta erguer o que descreve como um califado no coração do Oriente Médio.

Os insurgentes ultrarradicais ocuparam vastas porções de território na Síria e no Iraque e são alvo de uma campanha de bombardeios aéreos liderada pelos Estados Unidos nos dois países.

Sediado em Londres, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos citou um documento do Estado Islâmico obtido por ativistas que diz: “Todos os proprietários de lojas devem interromper a transmissão de internet sem fio durante os períodos de oração”.

Os muçulmanos rezam cinco vezes por dia.

O documento foi emitido pelas autodeclaradas autoridades do grupo radical a cargo do comportamento público na cidade, de acordo com o Observatório, que acompanha a guerra usando uma rede de informantes em solo sírio.

O Estado Islâmico controla a maior parte da província de Deir al-Zor, assim como a província de Raqqa, no noroeste. Em Raqqa, o grupo proibiu músicas e imagens de pessoas publicadas em público e administra quase tudo, de padarias a escolas, tribunais e mesquitas.

No domingo, o Observatório relatou que em Deir al-Zor o Estado Islâmico já havia ordenado aos donos de cafés que desliguem sua internet da noite para o dia para evitar que detalhes de sua movimentação militar sejam comunicados.

A cobertura de internet já é irregular em regiões sob disputa na Síria, que está no quarto ano da guerra civil.

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