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EI oferece "escravas" a integrantes mutilados na Síria

Grupo jihadista ofereceu várias prisioneiras de guerra não muçulmanas como "escravas" a seus combatentes feridos


	Grupo jihadista ofereceu várias prisioneiras de guerra não muçulmanas como "escravas" a seus combatentes feridos
 (REUTERS/Rodi Said)

Grupo jihadista ofereceu várias prisioneiras de guerra não muçulmanas como "escravas" a seus combatentes feridos (REUTERS/Rodi Said)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2015 às 15h30.

Cairo - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ofereceu várias prisioneiras de guerra não muçulmanas como "escravas" a seus combatentes feridos ou mutilados no nordeste da Síria, denunciou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O diretor da ONG, Rami Abdul Rahman, explicou à Agência Efe que essas mulheres são "exploradas sexualmente", além de realizarem trabalhos domésticos e ajudarem os ex-combatentes.

A organização detalhou que o EI decidiu oferecer essas escravas depois que vários de seus integrentes feridos se queixaram que as famílias das povoações locais não os permitiram casar com suas filhas porque estão deficientes.

O Observatório, que tem sede em Londres e possui uma ampla rede de ativistas na Síria, teve acesso a depoimentos de escravas na periferia ao leste da cidade de Deir ez Zor, capital da província homônima, sob controle do EI.

Além disso, a ONG explicou que a venda das mulheres capturadas pelo EI, tanto na Síria como no Iraque, se transformou em um negócio para os dirigentes e integrantes do grupo terrorista, com o qual faturam muito dinheiro.

Essas mulheres são consideradas pelos jihadistas como "pilhagem da guerra contra os hereges" e são em sua maioria yazidis, minoria religiosa presente no norte do Iraque.

Em julho, o EI vendeu 42 prisioneiras yazidis na cidade de Al Mayadin, no leste da província síria de Deir ez Zor, por quantias que oscilavam entre US$ 500 e US$ 2.000 cada uma. O grupo também entregou quase 300 mulheres yazidis capturadas no Iraque a seus milicianos na Síria em troca de dinheiro.

O Observatório ressaltou que o EI evita vender as prisioneiras curdas, depois que se registraram vários casos de "escravas" deste grupo étnico que assassinaram o homem que as comprou e depois se suicidaram.

Essas mulheres participam da guerra contra o EI junto aos combatentes curdos, que foram importantes na luta nos territórios habitados pela minoria étnica no Iraque e na Síria. 

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