Mundo

EI está na defensiva e perdendo território, dizem EUA

Isso levou a uma escassez de fundos que obrigou os militantes a cortar os salários de seus combatentes pela metade


	Soldado sírio andando nos destroços de Palmira pós ataque do EI: McGurk disse que os esforços da coalizão para capturar Mosul e Raqqa estão tendo progresso
 (Maher Al Mounes / AFP)

Soldado sírio andando nos destroços de Palmira pós ataque do EI: McGurk disse que os esforços da coalizão para capturar Mosul e Raqqa estão tendo progresso (Maher Al Mounes / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 09h55.

Amã - O Estado Islâmico não ganhou terreno de forma significativa desde que tomou a cidade iraquiana de Ramadi um ano atrás, que os militantes perderam em dezembro, porque a coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque e na Síria tem sido auxiliada por uma inteligência melhor e forças locais mais bem equipadas, disse uma autoridade de alto escalão dos EUA no domingo.

O Estado Islâmico "está encolhendo, por isso está bastante na defensiva", afirmou Brett McGurk, enviado especial do presidente norte-americano, Barack Obama, para a luta contra o grupo sunita radical em uma coletiva de imprensa em Amã.

O Estado Islâmico controla as cidades de Mosul no Iraque e Raqqa na Síria e está se mostrando uma ameaça poderosa no exterior, tendo assumido a responsabilidade de grandes ataques, como o de Paris em novembro e o de Bruxelas em março.

McGurk disse que os esforços da coalizão para capturar Mosul e Raqqa estão tendo progresso.

"Estamos realizando ataques cirúrgicos em Mosul quase todos os dias", acrescentou. "Existe uma pressão sincronizada e constante".

O enviado especial citou uma operação recente na qual a coalizão localizou e atacou depósitos de dinheiro do Estado Islâmico em Mosul e "levou centenas de milhões de dólares de seus cofres".

Isso levou a uma escassez de fundos que obrigou os militantes a cortar os salários de seus combatentes pela metade. McGurk não informou quando a operação ocorreu.

O nervosismo do grupo extremista ficou claro com as execuções públicas recentes na principal praça da cidade e com a interrupção generalizada dos serviços de Internet em Mosul, segundo McGurk.

Em Raqqa, ele disse que inteligência valiosa coletada de um grande arquivo de dados e informações obtidas pelas forças especiais dos EUA em uma operação no leste da Síria no ano passado permitiu à coalizão visar os militantes com mais precisão.

"Nas próximas semanas e nos próximos meses começaremos uma campanha de pressão em Raqqa em todos os seus aspectos", disse McGurk.

A decisão tomada por Obama no mês passado de aumentar o número de forças especiais no norte da Síria, a maior expansão de tropas terrestres dos EUA desde o início da guerra civil, irá ajudar a acelerar os avanços recentes das forças locais com apoio norte-americano, afirmou McGurk.

Ele mencionou a perda dos militantes da cidade estratégica de Shadadi, no nordeste da Síria, em fevereiro para as Forças Democráticas da Síria, que têm apoio de Washington e são formadas por combatentes curdos e árabes.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstado IslâmicoEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Eleições na Irlanda: três partidos têm chance de vitória na disputa desta sexta

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia