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EI destrói icônica mesquita de Mossul em sua fuga da cidade

Os combatentes do EI puseram explosivos no templo do século XII em sua fuga, disse porta-voz

Bandeira do Estado Islâmico vista na Grande Mesquita de Mossul, no Iraque, dia 21/06/2017 (Khalid al Mousily/Reuters)

Bandeira do Estado Islâmico vista na Grande Mesquita de Mossul, no Iraque, dia 21/06/2017 (Khalid al Mousily/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de junho de 2017 às 17h22.

Última atualização em 21 de junho de 2017 às 19h10.

Cairo - O Estado Islâmico (EI) destruiu nesta quarta-feira a mesquita Al Nuri, onde o líder do grupo terrorista, Abu Bakr al Baghdadi, proclamou o "califado" em 29 de junho de 2014, situada em Mossul, no norte do Iraque, segundo informaram meios de comunicação locais.

O porta-voz do comando de Operações Conjuntas, Yahya Rasul, disse à emissora de televisão curdo-iraquiana "Rudaw" que os combatentes do EI puseram explosivos no templo do século XII durante sua fuga.

No entanto, em uma mensagem distribuída através da agência "Amaq", órgão de propaganda vinculado aos jihadistas, o EI acusou à coalizão internacional de destruir a mesquita em um bombardeio.

Horas antes, as forças iraquianas anunciaram que estavam prontas para invadir a mesquita, destacada pelo seu minarete inclinado, conhecido como Al Hadba.

As forças de segurança iraquianas divulgaram imagens captadas por câmeras aéreas nas quais se veem as ruínas da mesquita destruída.

Um comandante das forças antiterroristas, Sami Kadem al Ardi, disse à Agência Efe que, após "violentos combates" iniciados esta madrugada e que se estenderam durante todo o dia, as suas unidades chegaram "a dezenas de metros" do acesso da mesquita.

A mesquita de Al Nuri, construída em 1172 pelo governante Noradine, da dinastia zengida, era o maior símbolo da cidade de Mossul.

Era conhecida no Iraque e nos países vizinhos pelo minarete, de 45 metros de altura e forma cilíndrica, com uma inclinação de vários graus, similar à torre de Pisa, construído em tijolo com motivos geométricos.

Os cidadãos de Mossul estavam muito preocupados pelo risco que corria a integridade do monumento quando as forças iraquianas anunciaram a iminência do ataque.

A Unesco assinou em 2012 um acordo com as autoridades iraquianas para restaurar o minarete e evitar o perigo de derrubada, mas o projeto foi abandonado dois anos depois quando o EI conquistou a cidade.

A mesquita foi desmontada e restaurada em 1942, em um projeto de restauração do Ministério de Antiguidades, mas o minarete se manteve intacto, apesar de sua inclinação, da que se tem notícia desde o século XIV, segundo registros citados pela Unesco.

Os extremistas estão encurralados pelas forças iraquianas nas últimas ruas que ocupam naquele que foi o seu principal feudo no Iraque, depois que na segunda-feira passada foi anunciada a fase final da ofensiva de Mossul do rio Tigre e desde fevereiro as tropas iraquianas estão combatendo os terroristas no oeste da cidade, que antes da ocupação do EI, em 2014, chegou a ter cerca de dois milhões de habitantes.

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