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EI crucifica 5 pessoas na Síria por não respeitarem o Ramadã

Os extremistas crucificaram as cinco pessoas diante de uma multidão, entre eles alguns menores, que puderam zombar deles


	Nos últimos dias o EI vem cometendo uma série de assassinatos na província de Deir ez Zor, onde, pela primeira vez, começou a decapitar mulheres
 (ISIL/AFP)

Nos últimos dias o EI vem cometendo uma série de assassinatos na província de Deir ez Zor, onde, pela primeira vez, começou a decapitar mulheres (ISIL/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 07h49.

Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) crucificou cinco pessoas no nordeste da Síria porque as mesmas não realizavam o jejum do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, informou nesta terça-feira à Agência Efe o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdul Rahman.

O ativista disse por telefone que as vítimas foram assassinadas ontem, na cidade de Al Mayadin, onde foram penduradas em um muro de um quartel da "hisba", a "polícia" do EI, com um cartaz no pescoço que dizia "ficarão crucificados o dia todo e serão castigados com 70 chicotadas por romper o jejum do Ramadã".

Os extremistas crucificaram as cinco pessoas diante de uma multidão, entre eles alguns menores, que puderam zombar deles.

Abdul Rahman lembrou que nos últimos dias o EI vem cometendo uma série de assassinatos na província de Deir ez Zor, onde, pela primeira vez, começou a decapitar mulheres.

Ontem, o OSDH indicou que os jihadistas tinham decapitado uma síria e seu marido, acusados de "bruxaria".

O casal foi degolado com uma espada na Rua Takaia, em um dos bairros controlados pelo EI na cidade de Deir ez Zor.

No domingo, outro casal foi assassinado de forma similar pela mesma acusação em Al Mayadin.

Segundo dados do OSDH divulgados ontem, pelo menos 3.027 pessoas foram assassinadas pelos radicais na Síria desde a proclamação de um califado neste país e no Iraque há um ano.

Deles, pelo menos 1.787 eram civis, dos quais: 74 eram crianças, 216 eram rebeldes ou milicianos curdos que lutaram contra o EI, 881 soldados ou combatentes leais ao governo de Damasco e 143 membros do grupo radical que tentaram fugir para a Turquia ou foram acusados de espionagem para outros países. 

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