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EI convoca lobos solitários para cometer atentados nos EUA

Após convocação, cidades americanas reforçaram as medidas de segurança em seus principais pontos turísticos

Militante do Estado Islâmico carrega parte de avião militar sírio que caiu em Raqqa, no nordeste da Síria (Reuters)

Militante do Estado Islâmico carrega parte de avião militar sírio que caiu em Raqqa, no nordeste da Síria (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 22h35.

Washington - As cidades de Nova York e Las Vegas reforçaram nesta quarta-feira as medidas de segurança em seus principais pontos turísticos, depois que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) fez uma convocação em fóruns da internet para que "lobos solitários" nos Estados Unidos realizem atentados nessas cidades com artefatos caseiros.

"Esta é a primeira vez que o EI usa este meio para incentivar um ataque com lobos solitários. Estamos bastante preocupados porque o EI tem mais capacidade do que a Al Qaeda para captar militantes através das redes sociais", disse hoje o comissário de polícia William Bratton à imprensa local.

"Nova York está a apenas uma viagem de avião" dos militantes do EI treinados na Síria e com passaporte ocidental, acrescentou.

Para o oficial, a ameaça não é a possibilidade que células do EI realizem ataques nos Estados Unidos, mas a capacidade do grupo jihadista para incentivar a ação de "lobos solitários" no país.

Um das mensagens que provocaram o alerta da polícia em Nova York e Las Vegas é um guia com o título: "Aos lobos solitários nos Estados Unidos: Como fabricar uma bomba em sua cozinha, criar cenas de terror em lugares turísticos e outros alvos", que foi divulgado em primeira mão pelo site "Vocativ".

Diante dessa ameaça, que menciona explicitamente um potencial atentado na Times Square de Nova York, a polícia da cidade reforçou a segurança nas últimas horas, mas garante que não há indícios de nenhum ataque planejado contra a cidade.

Las Vegas é outra das cidades mencionada nos comentários dos jihadistas na internet, por isso a polícia local aumentou a vigilância, apesar de também não ter identificado uma ameaça concreta.

O recrutamento de cidadãos ocidentais para lutar nas fileiras do EI é uma das maiores preocupações dos governos dos EUA e da Europa por se tratar de indivíduos com liberdade de movimento e que, portanto, poderiam cometer atentados em solo americano ou europeu.

Precisamente, a Justiça americana acusou ontem o jovem Mufid A. Elfgeeh, um iemenita naturalizado americano, de recrutar militantes para lutar nas fileiras do Estado Islâmico na Síria e no Iraque e para atentar contra muçulmanos xiitas e militares nos EUA.

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