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EI controla regiões com 7 milhões de pessoas, denuncia ONG

Istambul - Sete milhões de pessoas vivem atualmente em regiões controladas pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e "é impossível de ter acesso aos cerca de 55 mil civis que estão na cidade iraquiana de Faluja", denunciou nesta terça-feira a ONG NRC. O secretário-geral do Norwegian Refugees Council (NRC), Jan Egeland, lembrou durante a Cúpula […]


	Estado Islâmico: "Atualmente há 55 mil civis presos no fogo cruzado na cidade iraquiana de Faluja, dominada pelo Estado Islâmico"
 (Reuters)

Estado Islâmico: "Atualmente há 55 mil civis presos no fogo cruzado na cidade iraquiana de Faluja, dominada pelo Estado Islâmico" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2016 às 10h59.

Istambul - Sete milhões de pessoas vivem atualmente em regiões controladas pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e "é impossível de ter acesso aos cerca de 55 mil civis que estão na cidade iraquiana de Faluja", denunciou nesta terça-feira a ONG NRC.

O secretário-geral do Norwegian Refugees Council (NRC), Jan Egeland, lembrou durante a Cúpula Humanitária Mundial realizada em Istambul, que a situação dos refugiados é dramática, mas considerou que ainda é mais preocupante o destino daqueles que as organizações internacionais nem sequer têm acesso.

"Atualmente há 55 mil civis presos no fogo cruzado na cidade iraquiana de Faluja, dominada pelo Estado Islâmico que combate contra as forças iraquianas, e é impossível de chegar a eles", denunciou o responsável de uma das maiores ONGs do mundo dedicada aos refugiados.

No total, sete milhões de pessoas vivem em regiões sob controle do grupo terrorista Estado Islâmico, e é "muito, muito difícil" negociar com a milícia jihadista para que abra vias humanitárias, disse o diplomata norueguês.

Várias organizações denunciaram na cúpula de dois dias as frequentes violações da lei humanitária, como os bombardeios a hospitais e a ocupação de colégios por grupos armados, em flagrante violação da Convenção de Genebra.

"Não é preciso ser um cientista para ver que aviões bombardearam um hospital", disse Egeland.

"Foi divulgada uma ideia de que 'o médico do meu inimigo é meu inimigo'. Não! O médico do meu inimigo está fazendo seu trabalho", ressaltou.

A Cruz Vermelha também pediu hoje respeito à Convenção de Genebra.

"É preciso fechar a perigosa lacuna entre o discurso e a prática, e pôr fim à derrubada do consenso com relação à lei", opinou o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer.

A primeira Cúpula Humanitária Mundial da ONU termina hoje com a participação de delegações de 180 países, entre eles 65 chefes de Estado ou de governo.

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