Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI): todos os lados dos múltiplos conflitos armados líbios estão cometendo violações às leis internacionais, diz a ONU (ISIL/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 19h42.
Genebra - Militantes do Estado Islâmico têm consolidado o controle sobre a região central da Líbia realizando execuções sumárias, decapitações e amputações, afirmou a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira, em mais um sinal da anarquia na qual o país do norte da África caiu.
Todos os lados dos múltiplos conflitos armados líbios estão cometendo violações às leis internacionais que podem corresponder a crimes de guerra, como sequestros, tortura e morte de civis, de acordo com relatório da ONU.
O Estado Islâmico tem conquistado o controle sobre faixas do território “cometendo graves abusos incluindo execuções sumárias públicas de indivíduos com base em religião e filiação política”, afirmou o relatório conjunto do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas e a Missão de Apoio na Líbia da organização.
A ONU havia documentado execuções pelo Estado Islâmico em Sirte, reduto do grupo, no centro da Líbia, e em Derna, no leste, região do qual eles foram mais tarde expulsos por milícias locais. As vítimas incluíam egípcios coptas, etíopes, eritreios e um sudanês do sul, disse o relatório.
Alguns foram acusados de “traição”, outros de relações com pessoas do mesmo sexo, mas nenhum passou por processo legal, de acordo com o documento, que cobriu o ano até outubro.