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EI ameaça futuro da indústria de petróleo da Líbia

Os outros dois tanques danificados estão no porto de Ras Lanuf, que fica ao lado de Es Sider e que foi alvo de outro ataque, na semana passada


	Petróleo: o petróleo é a principal fonte de recursos externos do país africano
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Petróleo: o petróleo é a principal fonte de recursos externos do país africano (ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 15h26.

Bruxelas - Ataques de grupo extremista Estado Islâmico deixaram sete tanques de petróleo estão em chamas nos portos da Líbia, informou hoje a companhia nacional de petróleo, National Oil.

A sabotagem dos terroristas sobre a estrutura produtiva líbia eleva temores de que o EI está tentando prejudicar a viabilidade de um acordo de paz entre dois grupos rivais que lutam pelo controle do país.

O petróleo é a principal fonte de recursos externos do país africano. No passado, o EI tenta utilizou a mesma estratégia contra a indústrias petrolíferas da Síria e do Iraque.

Em dezembro, ambos as duas facções rebeldes assinaram um acordo de compartilhamento de poder chancelado pelas Nações Unidas, que visava a criação de um governo de unidade em janeiro.

"Eu exorto pela rápida formação de um governo de unidade nacional e pelo estabelecimento de uma força unificada capaz de traz a paz para o país protegendo seus recursos naturais", disse Mustafa Sanallah, presidente da National Oil, em comunicado divulgado na internet.

Cinco dos sete tanques que estão em chamas se encontram no terminal de Es Sider, onde o Estado Islâmico iniciou ataques na segunda-feira, disse um porta-voz da petroleira.

Os outros dois tanques danificados estão no porto de Ras Lanuf, que fica ao lado de Es Sider e que foi alvo de outro ataque, na semana passada.

"Assim como o país está exaurindo suas reservas de moeda, (o Estado Islâmico) tenta assegurar que a Líbia não irá usar esses recursos no futuro", disse Jason Pack, da consultoria britânica Lybia Analysis.

As finanças do país estão deterioradas mesmo antes dos ataques. Em outubro, o Fundo Monetário Internacional disse que a Líbia corria "grande risco" após sua economia ter contraído 6% em 2015 e com suas reservas de moeda estrangeira estimadas para cobrir apenas 19 meses de importações.

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