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Egito vota em referendo que deve aumentar poder de general

Acontecimento deve dar a largada para a candidatura presidencial do comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi


	Abdel Fattah al Sisi: adversários islamitas de Sisi o consideram o líder de um golpe que resultou na pior crise interna na história moderna do Egito
 (Reuters)

Abdel Fattah al Sisi: adversários islamitas de Sisi o consideram o líder de um golpe que resultou na pior crise interna na história moderna do Egito (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 07h57.

Cairo - Egípcios começaram a votar nesta terça-feira em um referendo constitucional, a primeira votação desde que os militares derrubaram o presidente islamita Mohamed Mursi e um acontecimento que deve dar a largada para a candidatura presidencial do comandante do Exército, general Abdel Fattah al-Sisi.

Há poucas dúvidas de que os egípcios, que realizaram enormes protestos nas ruas antes da deposição de Mursi, vão comparecer em grande número e votar "sim" no referendo de dois dias, um marco para o mapa desenhado pelo governo apoiado pelo Exército para o futuro do país.

Sisi derrubou Mursi, o primeiro líder eleito democraticamente no Egito, em julho. Os adversários islamitas de Sisi o consideram o líder de um golpe que resultou na pior crise interna na história moderna do Egito e levou o país de volta ao que críticos chamam de Estado policial.

Mas muitos egípcios estão cansados ​​da instabilidade política que assola o Egito e afundou a economia desde a revolta popular que derrubou o autocrata Hosni Mubarak em 2011, e veem Sisi como uma figura decisiva que pode restabelecer a estabilidade.

Analistas dizem que o referendo também está se transformando em uma votação sobre a popularidade de um homem cuja imagem aparece em cartazes em todo o Cairo. Se concorrer à Presidência, Sisi é amplamente o favorito.

O referendo marca a terceira vez que os egípcios votam em disposições constitucionais desde a revolta histórica contra Mubarak, e no geral é a sexta vez que eles vão às urnas desde sua queda.

A nova Constituição vai substituir a sancionada por Mursi há pouco mais de um ano, que também foi aprovada em referendo. O novo texto reforça instituições do Estado que desafiavam Mursi: os militares, a polícia e o Judiciário.

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