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Egito recupera paulatinamente a normalidade após a revolução

Maioria das empresas privadas e repartições públicas iniciam sua semana laboral

Ahmed Shafiq, primeiro-ministro do Governo provisório que se mantém em suas funções após ter sido nomeado por Mubarak no dia 29 de janeiro (AFP)

Ahmed Shafiq, primeiro-ministro do Governo provisório que se mantém em suas funções após ter sido nomeado por Mubarak no dia 29 de janeiro (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h28.

Cairo - O Egito começa a recuperar o ritmo normal de suas atividades econômicas, quase paralisadas desde o final do mês passado, com o início neste domingo de sua primeira semana de trabalho após a revolução que derrubou o presidente Hosni Mubarak.

Como uma indicação desse retorno paulatino à normalidade, a praça Tahrir, epicentro dos protestos contra o regime de Mubarak, foi reaberta parcialmente ao tráfego, embora ainda houvesse tendas de campanha de grupos de manifestantes.

Muitas lojas fecham tradicionalmente aos domingos, mas a maioria das empresas privadas e as repartições públicas iniciam sua semana laboral, e já desde as primeiras horas desta manhã se via que o Cairo recuperava seu ritmo normal.

O primeiro-ministro do Governo provisório, Ahmed Shafiq, que se mantém em suas funções após ter sido nomeado por Mubarak no dia 29 de janeiro, convocou a imprensa na sede do gabinete.

Para Shafiq, um general da Força Aérea que vai se aposentar, será a primeira vez que comparece perante os jornalistas desde a renúncia de Mubarak, na sexta-feira passada. Até agora, os únicos anúncios oficiais partiram das Forças Armadas.

O Conselho Supremo das Forças Armadas, ao qual Mubarak entregou o poder, anunciou neste sábado que todos os membros do Governo anterior à revolução, assim como os governadores provinciais, se mantêm em seus postos.

Mas seu mandato é provisório, "até que seja formado um novo Governo", segundo anunciou em seu comunicado número 4 o Conselho.

Nessa nota, os militares egípcios se comprometeram a uma "transição pacífica de autoridade" e entregar o poder a autoridades civis que sejam escolhidas em eleições livres e que tenham a missão de "construir um estado livre e democrático".

Mas para esse compromisso não estabeleceu datas, e também se desconhece que passos concretos os militares adotarão quanto às outras instituições, como o Parlamento, e a reforma da Constituição e outras leis fundamentais.

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