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Egito reabre fronteira com Gaza após ataques a militares

Desbloqueio do local tem duração de dois dias e não há previsão para reabertura definitiva


	Palestina: Egito reabriu a fronteira com Gaza por dois dias; foi a primeira abertura desde o ataque que deixou 16 mortos no Sinai
 (OneArmedMan via Wikimedia Commons)

Palestina: Egito reabriu a fronteira com Gaza por dois dias; foi a primeira abertura desde o ataque que deixou 16 mortos no Sinai (OneArmedMan via Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 11h24.

Jerusalém/Cairo - O Egito reabriu temporariamente nesta sexta-feira a fronteira do país com Gaza pela primeira vez desde domingo passado, quando um ataque no Sinai causou a morte de 16 membros das forças de segurança egípcias, informou o diretor de fronteiras da Faixa, Mahir Abu Sabha.

Em entrevista à agência palestina "Maan", Sabha disse que a fronteira estará aberta até sábado, quando voltará a ser fechada. Não há previsão para a reabertura definitiva da fronteira na cidade de Rafah.

Até sábado, Rafah "estará aberto a todos os viajantes", confirmou Sabha.

A agência estatal egípcia de notícias "Mena" anunciou, por outro lado, que a reabertura tem como único objetivo permitir o retorno de alguns palestinos que se encontravam no lado egípcio para Gaza.

Vários palestinos que voltavam da Arábia Saudita e outras pessoas procedentes de diversos lugares tinham expressado o desejo de retornar a Gaza, e por isso as autoridades resolveram abrir a fronteira, segundo a agência.

Após o ataque de domingo passado contra as forças egípcias no Sinai, a passagem de Rafah foi fechada de maneira indefinida e só é aberta para "casos humanitários", acrescentou "Mena".

O chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, ligou para o novo chefe interino dos serviços secretos egípcios, Mohammed Shahata, para apresentar suas condolências às famílias dos 16 membros das forças de segurança assassinados no ataque e reiterar que Gaza nada teve a ver com o episódio, segundo a "Maan".

A fronteira, utilizada normalmente por centenas de palestinos, é a única saída dos territórios ocupados que não é controlada por forças israelenses.

O regime de Hosni Mubarak fechou a passagem em 2007. Desde então, a fronteira era aberta pontualmente e apenas delegações oficiais ou casos humanitários podiam atravessar o local, embora no último ano os critérios tenham sido flexibilizados.

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