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Egito pede congelamento de contas de Mubarak

Procurador-geral, Abdelmajid Mahmoud, pediu também o congelamento das contas da mulher de Mubarak, de seus dois filhos e de suas respectivas esposas

Hosni Mubarak, ex-presidente egípcio: Suíça já bloqueou recursos do antigo líder (Getty Images)

Hosni Mubarak, ex-presidente egípcio: Suíça já bloqueou recursos do antigo líder (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h35.

Cairo - A Procuradoria-geral do Egito solicitou nesta segunda-feira ao Ministério das Relações Exteriores o congelamento das contas do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak fora do país, informou a agência de notícias estatal "Mena".

O procurador-geral, Abdelmajid Mahmoud, pediu também o congelamento das contas da mulher de Mubarak, Suzanne, e de seus dois filhos, Alaa e Gamal, assim como de suas esposas.

Mahmoud solicitou ao ministro das Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit, que utilize as vias diplomáticas disponíveis para garantir o cumprimento desta medida.

Por outro lado, uma fonte da Justiça egípcia revelou à "Mena" que a Procuradoria Geral havia recebido várias denúncias sobre o aumento da fortuna do ex-presidente e sua família, e que todos os recursos estariam depositados fora do Egito.

A fonte acrescentou que o promotor fez o pedido ao Ministério das Relações Exteriores devido ao Tratado da ONU de luta contra a lavagem de dinheiro, assinado pelo Egito, que estipula o direito de pedir ajuda jurídica aos países signatários para adotar medidas para recuperar os bens e fundos obtidos por crimes de corrupção.

Mubarak, de 82 anos, renunciou ao poder no último dia 11, após 18 dias de revoltas no país, mas não chegou a deixar o Egito e se instalou com sua família na localidade de Sharm el-Sheikh, no litoral do Mar Vermelho.

No último dia 16, o Ministério das Relações Exteriores informou em comunicado que tinha enviado pedidos a suas embaixadas nos países da União Europeia e em outros Estados ocidentais e árabes para solicitar o congelamento das contas bancárias de alguns altos funcionários do regime de Mubarak.

Pouco depois de sua renúncia, a Suíça decidiu bloquear os possíveis fundos do ex-presidente egípcio e de sua família em bancos do país.

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