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Egito pede ajuda para cobrir déficit sem empréstimos externos

Segundo o ministro das Finanças, país pode "seguir adiante" sem intervenções do Banco Mundial e do FMI

Bolsa do Cairo: déficit público egípcio é calculado em US$ 22 trilhões (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Bolsa do Cairo: déficit público egípcio é calculado em US$ 22 trilhões (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 18h35.

Abu Dhabi - O ministro das Finanças egípcio, Samir Raduan, disse nesta segunda-feira em Abu Dhabi que o Egito vai cobrir o déficit de seu orçamento mediante as exportações e o apoio dos países árabes, e sem a ajuda de empréstimos de organismos internacionais.

"Egito é capaz de seguir adiante sem intervencções nem do Banco Mundial (BM) nem do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante pelo menos um ano, mas contando com o apoio dos países árabes", indicou Raduan durante sua visita aos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Em entrevista coletiva, realizada após a reunião mantida entre o primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, e os representantes das empresas dos EAU em Abu Dhabi, Raduan reafirmou a capacidade do Egito para cobrir seu próprio déficit, calculado em 134 trilhões de libras egípcias (US$ 22 trilhões).

Recentemente, Raduan assegurou que o Egito não necessitava nenhuma socorro, nem do FMI nem do BM, renunciando ao empréstimo de US$ 3 bilhões que ambas instituições davam por fechado.

O titular de Finanças egípcio detalhou nesta segunda-feira em Abu Dhabi que o Egito "vai cobrir 120 trilhões de libras de seu déficit com o mercado local" e esperou que "os países árabes cubram os outros 14".

Além disso, Raduan assinalou que a Arábia Saudita tinha indicado que ofereceria US$ 500 milhões ao Egito e que o Catar está estudando conceder-lhe a mesma quantidade.

O ministro expressou sua esperança de receber também ajuda dos Emirados Árabes Unidos.

Por sua parte, Sharaf afirmou que seu Governo trabalha com seriedade para criar "um novo ambiente para os investimentos baseado na transparência e na franqueza".

Sharaf acrescentou que o Governo está tentando eliminar os obstáculos nos investimentos dos EAU e estrangeiros.

O estado da economia egípcia é crítico desde a revolução de 25 de janeiro. Dados oficiais do Instituto de Planejamento Nacional estimam que entre essa data e 5 de maio, Egito perdeu 70 bilhões de libras egípcias (equivalente a US$ 11 bilhões).

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