O Egito iniciou, nesta sexta-feira, 7,"intensos contatos" com outros países árabes e de maioria muçulmana com o objetivo de "rejeitar qualquer medida que vise expulsar o povo palestino de suas terras", em referência ao plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apoiado por Israel.
O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelaty, manteve conversas nas últimas horas com seus homólogos de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Bahrein, Jordânia, Iraque, Argélia, Mauritânia, Tunísia e Sudão, com quem trocou "opiniões sobre a evolução da questão palestina", de acordo com um comunicado de seu departamento.
Durante as conversas destacaram "a posição árabe sobre a questão palestina, que rejeita qualquer medida que vise deslocar o povo palestino de suas terras ou encorajar sua realocação para outros países fora dos territórios palestinos", após Trump ter anunciado uma proposta para expulsar a população de Gaza.
"Essas percepções e ideias representam (...) uma flagrante violação do direito internacional, uma infração dos direitos palestinos, uma ameaça à segurança e estabilidade na região e um enfraquecimento das possibilidades de paz e coexistência entre seus povos", disse o Ministério das Relações Exteriores no comunicado.
Também indicou que durante as conversas foi alcançado um consenso sobre "a necessidade de lutar por uma solução política permanente e justa para a questão palestina através do único caminho prático, que é o estabelecimento de um Estado palestino independente" com Jerusalém Oriental como sua capital.
Abdelaty também lembrou os esforços do Egito para garantir o cumprimento do acordo de cessar-fogo em Gaza — no qual é mediador ao lado de Catar e Estados Unidos —, bem como sua implementação em três etapas, que incluem a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas.
Na última passada, Egito e Jordânia, assim como outros países árabes e parte da comunidade internacional, condenaram e rejeitaram o plano de Trump de deslocar a população palestina de suas terras, algo que, segundo o americano, permitiria que os moradores de Gaza "fossem felizes, seguros e livres".
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Esta foto aérea mostra moradores de Gaza deslocados caminhando em direção à Cidade de Gaza em 27 de janeiro de 2025, após cruzar o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza. Um fluxo interminável de pessoas marchou pela costa de Gaza em 27 de janeiro, carregando seus pertences em sacos plásticos e sacos de farinha reaproveitados pela cidade central de Nuseirat depois que Israel reabriu o acesso ao norte do território.
(Moradores de Gaza deslocados caminhando em direção à Cidade de Gaza em 27 de janeiro de 2025, após cruzar o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza. Um fluxo interminável de pessoas marchou pela costa de Gaza em 27 de janeiro, carregando seus pertences em sacos plásticos e sacos de farinha reaproveitados pela cidade central de Nuseirat depois que Israel reabriu o acesso ao norte do território)
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Veículos fazem fila ao longo da estrada Salah al-Din em Nuseirat, perto do corredor Netzarim, enquanto esperam para cruzar para a parte norte da Faixa de Gaza em 27 de janeiro de 2025. Palestinos deslocados começaram a retornar ao norte de Gaza em 27 de janeiro, disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior do território administrado pelo Hamas, após um avanço nas negociações entre o Hamas e Israel. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Veículos fazem fila ao longo da estrada Salah al-Din em Nuseirat, perto do corredor Netzarim, enquanto esperam para cruzar para a parte norte da Faixa de Gaza em 27 de janeiro de 2025)
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Deslocados de Gaza transportam seus pertences em uma carroça enquanto cruzam o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza para a parte norte em 27 de janeiro de 2025. Um fluxo interminável de pessoas marchou pela costa de Gaza em 27 de janeiro, carregando seus pertences em sacos plásticos e sacos de farinha reaproveitados pela cidade central de Nuseirat depois que Israel reabriu o acesso ao norte do território. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Deslocados de Gaza transportam seus pertences em uma carroça enquanto cruzam o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza para a parte norte em 27 de janeiro de 2025)
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Veículos fazem fila ao longo da estrada Salah al-Din em Nuseirat, perto do corredor Netzarim, enquanto esperam para cruzar para a parte norte da Faixa de Gaza em 27 de janeiro de 2025. Palestinos deslocados começaram a retornar ao norte de Gaza em 27 de janeiro, disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior do território administrado pelo Hamas, após um avanço nas negociações entre o Hamas e Israel. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Veículos fazem fila ao longo da estrada Salah al-Din em Nuseirat, perto do corredor Netzarim, enquanto esperam para cruzar para a parte norte da Faixa de Gaza em 27 de janeiro de 2025)
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Pessoas caminham pela rua costeira al-Rashid, em Gaza, para cruzar o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza para o norte em 27 de janeiro de 2025. Palestinos deslocados começaram a retornar ao norte de Gaza em 27 de janeiro, disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior do território administrado pelo Hamas, após um avanço nas negociações entre o Hamas e Israel. (Foto de Omar AL-QATTAA / AFP)
(Pessoas caminham pela rua costeira al-Rashid, em Gaza, para cruzar o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza para o norte em 27 de janeiro de 2025)
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Uma pessoa acena uma bandeira palestina enquanto as pessoas caminham pela rua costeira al-Rashid, em Gaza, para cruzar o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza para o norte, em 27 de janeiro de 2025. Palestinos deslocados começaram a retornar ao norte de Gaza em 27 de janeiro, disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior do território, administrado pelo Hamas, após um avanço nas negociações entre o Hamas e Israel. (Foto de Omar AL-QATTAA / AFP)
(Uma pessoa acena uma bandeira palestina enquanto as pessoas caminham pela rua costeira al-Rashid, em Gaza, para cruzar o corredor Netzarim do sul da Faixa de Gaza para o norte, em 27 de janeiro de 2025)