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Egito envia primeiro lote de casas pré-fabricadas para Gaza para iniciar reconstrução do local

País já se posicionou contra proposta de Donald Trump de retirar palestinos do enclave para transformá-lo em 'Riviera do Oriente Médio'

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 09h48.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2025 às 09h50.

O Egito enviou nesta quinta-feira, 20, um primeiro lote de 15 casas pré-fabricadas para a Faixa de Gaza, juntamente com um novo grupo de escavadeiras para realizar trabalhos de remoção de escombros e abrigar temporariamente dezenas de famílias no devastado enclave palestino, segundo constatou a Agência EFE e informou a emissora egípcia “Al Qahera News”.

Um total de 15 casas móveis carregadas em cinco caminhões cruzaram a passagem fronteiriça de Kerem Shalom, que conecta o Egito a Israel, para serem inspecionadas pelas autoridades israelenses antes de entrar na Faixa de Gaza, onde essas moradias temporárias serão montadas.

Dois dias atrás, as primeiras escavadeiras e outros equipamentos pesados ​​começaram a entrar na Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, que conecta o enclave palestino à Península do Sinai, para começar a remover os destroços deixados pelos bombardeios israelenses durante mais de 15 meses de guerra.

Isso acontece na véspera de uma cúpula de alto nível na Arábia Saudita entre as seis potências árabes do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Egito e Jordânia para discutir a situação e a reconstrução de Gaza, com o objetivo de fazer frente ao plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar os palestinos.

Trump disse que pretende que os Estados Unidos assumam o controle da Faixa de Gaza e a transformem na "Riviera do Oriente Médio", o que significaria expulsar mais de dois milhões de palestinos do enclave devastado e realocá-los no Egito e na Jordânia, que rejeitaram categoricamente a proposta.

O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, afirmou ontem que a Faixa de Gaza pode ser reconstruída em três anos, um período que considerou "mais do que suficiente" em nível técnico se houver colaboração entre as construtoras egípcias e as de outros países do Oriente Médio.

Segundo estimativas das Nações Unidas, do Banco Mundial e da União Europeia (UE) publicadas na terça-feira, a reconstrução da Faixa de Gaza pode custar cerca de US$ 53 bilhões.

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