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El-Sissi confirma que concorrerá à Presidência do Egito

Em sua fala na noite desta quarta, el-Sissi deu um discurso no estilo de campanha eleitoral, prometendo construir "um Egito moderno e democrático"


	Abdel-Fattah el-Sissi: chefe das Forças Armadas do Egito disse estar "respondendo a um pedido da população"
 (Reuters)

Abdel-Fattah el-Sissi: chefe das Forças Armadas do Egito disse estar "respondendo a um pedido da população" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 18h22.

Cairo - O chefe das Forças Armadas do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, anunciou nesta quarta-feira sua renúncia ao cargo e que concorrerá à Presidência do país nas eleições marcadas para abril.

Em discurso transmitido em rede nacional, el-Sissi apareceu em seu uniforme militar, dizendo que essa seria a última vez que o usaria, porque estava abdicando dele "para defender a nação" ao se candidatar à Presidência.

Ele disse estar "respondendo a um pedido da população". A lei egípcia estipula que apenas civis podem concorrer à Presidência, por isso a renúncia aos cargos de chefe das Forças Armadas e de ministro da Defesa e a saída do Exército eram passos necessários.

Em sua fala na noite desta quarta, el-Sissi deu um discurso no estilo de campanha eleitoral, prometendo construir "um Egito moderno e democrático". Ele mencionou os desafios enfrentados pelo país, incluindo milhões de desempregados e uma "economia fraca".

A expectativa é de que el-Sissi saia vencedor da eleição, depois de meses de fervor nacionalista após a deposição de Mohammed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente e civil do Egito. A deposição, em julho, ocorreu após protestos exigindo a saída de Morsi depois de apenas um ano no cargo, em meio às críticas públicas de que seu partido, a Irmandade Muçulmana, tentava monopolizar o poder.

Desde então, o governo interino apoiado pelos militares empreendeu uma repressão feroz sobre a Irmandade Muçulmana, prendendo milhares de membros e matando centenas de manifestantes em confrontos. Ao mesmo tempo, os militantes têm travado uma campanha de ataques contra a polícia e as Forças Armadas.

Em um aparente gesto de boa vontade apesar do cerco à Irmandade, el-Sissi prometeu "nenhuma exclusão... Eu estendo a minha mão a todos dentro do país e no exterior - todos aqueles que não tenham sido condenados". "Não haverá acerto de contas pessoal", prometeu. Fonte: Associated Press.

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