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Egito diz que Faixa de Gaza pode ser reconstruída em 3 anos

Declaração foi feita pelo primeiro-ministro egípcio, Mustafa Madbuli, nesta quarta-feira

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (Eyad BABA/AFP)

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (Eyad BABA/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 15h25.

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O primeiro-ministro do Egito, Mustafa Madbuli, disse nesta quarta-feira que a devastada Faixa de Gaza pode ser reconstruída em três anos, um período que ele considerou “mais do que suficiente” em nível técnico se houver colaboração entre as empresas de construção egípcias e as de outros países do Oriente Médio.

“Três anos é um período bastante aceitável para concluir o projeto”, afirmou Madbuli em entrevista coletiva após reunião do Conselho de Ministros egípcio, na qual afirmou que o Egito tem “a capacidade de reconstruir toda a Faixa de Gaza de uma forma melhor do que era antes de ser destruída”.

O premiê disse que seu governo está desenvolvendo uma “estrutura geral” para começar a trabalhar e que “empresas egípcias, árabes e regionais de países muçulmanos têm a capacidade e a experiência para implementar os planos de reconstrução durante esse período de três anos”.

“Do ponto de vista técnico, esse período é mais do que suficiente para a reconstrução”, insistiu Madbuli, sem entrar em detalhes sobre o custo do projeto, seu financiamento e sua viabilidade após a expiração do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas.

Nas últimas semanas, o Egito insistiu que tem um plano de três etapas para reconstruir a devastada Faixa de Gaza sem precisar deslocar os palestinos, um projeto com o qual o Cairo quer enfrentar as intenções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar os residentes do território.

O objetivo de Trump é deslocar à força os palestinos para a Península do Sinai, assumir o controle da Faixa de Gaza e construir ali a “Riviera do Oriente Médio”, algo a que o Egito, em particular, e a comunidade internacional, em geral, se opõem fortemente.

De acordo com estimativas da ONU, do Banco Mundial (BM) e da União Europeia divulgadas na terça-feira, a reconstrução da Faixa de Gaza pode custar cerca de US$ 53 bilhões.

Desse total, os danos às estruturas físicas do enclave chegam a cerca de US$ 30 bilhões, já que o setor mais afetado pela guerra foi o habitacional, responsável por 53% dos danos causados pelos bombardeios e operações terrestres de Israel.

Na semana passada, o magnata egípcio do setor imobiliário Talaat Mustafa lembrou em uma entrevista ao canal "MBC Masr" que a reconstrução de Gaza exigiria a construção de cerca de 200 mil unidades habitacionais para abrigar cerca de 1,2 milhão de pessoas, algo que poderia ser alcançado em três anos se “entre 40 e 50” empresas de construção colaborassem.

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