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Egito contabiliza 47 presos após briga no estádio

Cerca de 13 mil torcedores do Al Masry, time que jogava em casa, invadiram o gramado após a vitória por 3 a 1 sobre o poderoso rival

Torcedores tentam escapar de foguetes arremessados na arquibancada (AFP)

Torcedores tentam escapar de foguetes arremessados na arquibancada (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2012 às 22h01.

Port Said - A polícia do Egito prendeu 47 pessoas durante a briga entre torcidas no jogo Al Masry x Al Ahly, nesta quarta-feira, na cidade de Port Said, pelo Campeonato Egípcio. Segundo os dados oficiais e atualizados que foram divulgados pelo governo do país, estão contabilizados 74 mortos, incluindo um policial, e 248 feridos que receberam atendimento nos hospitais da região.

De acordo com o relato do ministro do Interior do Egito, Mohammed Ibrahim, cerca de 13 mil torcedores do Al Masry, time que jogava em casa, invadiram o gramado após a vitória por 3 a 1 sobre o poderoso rival. E muitos deles partiram para a agressão, atacando os jogadores e a torcida do Al Ahly, o que acabou provocando uma briga generalizada dentro do estádio.

Apesar das críticas de alguns jogadores do Al Ahly sobre a falta de segurança no estádio, o ministro do Interior defendeu que a polícia tentou impedir a briga, mas não teve como controlar a multidão que invadiu o gramado. Pelo relato oficial, a maior parte das mortes teria sido causada pela correria dos torcedores, que deixou muita gente pisoteada e sufocada.

Um avião militar foi enviado para Port Said, cidade que fica na região nordeste do país, para poder resgatar a delegação do Al Ahly, que já voltou em segurança para a capital Cairo. O governo egípcio está pedindo para a população local doar sangue para ajudar no tratamento das vítimas da briga e também decretou luto oficial de três dias em todo o Egito.

Diante do "maior desastre da história do futebol egípcio", conforme disse o ministro da Saúde, Hesham Sheiha, os jogos do campeonato nacional foram suspensos por tempo indeterminado. E até o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já manifestou solidariedade às vítimas. "É um dia negro para o futebol. Uma situação catastrófica como essa é impensável", afirmou o dirigente.

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